Talvez
seja o derradeiro álbum da banda. Me parece que talvez tenham pensado em
terminar a carreira em grande estilo. Se for o caso, conseguiram atingir o
grande estilo. Para mim nenhum álbum da banda chegou a arranhar o patamar
alcançado pelo “Painkiller”, este ainda permanece absoluto na liderança da
minha preferência.
Tudo
que fez o Judas Priest ser “o” Judas Priest está presente neste álbum. As
guitarras cadenciadas, os solos em duplicatas, a sonoridade da bateria, a contraposição
entre guitarra limpa acompanhando uma base distorcida, e a voz do eterno Metal
God, Rob Halford, mandando ver, variando entre graves e agudos. Como pode uma
pessoa com a idade dele cantar bem assim? Além do mais, não tem música ruim
neste álbum. As músicas são certeiras, curtas e grossas, é possível escutar o
álbum todo seguidas vezes sem ficar saturado, caso escute seguidas vezes irá
perceber também que na segunda vez já terá decorado os refrãos de praticamente
todas as faixas.
As
melodias são tão boas que a maioria delas gruda na mente e não sai da cabeça,
me parece que algumas melodias e sonoridades saíram diretamente do “Angel of
Retribution”, do “Nostradamus” e do “Redeemer of Souls”, mas foram
recauchutadas e repaginadas, tomando novo corpo e ficaram muito boas, um bom
exemplo é a música “Rising From Ruins”.
Como
disse antes, se a intenção era encerrar a carreira com chave de ouro,
conseguiram. As faixas que mais me chamaram atenção foram “Firepower”, “Lightning
Strikes”, “Never the Heroes”, “Children of the Sun”, Rising From Ruins”, “Spectre”,
“Traitors Gate” e “Lone Wolf”, mas como disse antes, todas são boas. Este é um
álbum honesto e faz jus ao nome Judas Priest.
Segue
a relação de faixas do álbum:
1. Firepower
2. Lightning
Strike
3. Evil
Never Dies
4. Never
the Heroes
5. Necromancer
6. Children
of the Sun
7. Guardians
8. Rising
from Ruins
9. Flame
Thrower
10. Spectre
11. Traitors
Gate
12. No
Surrender
13. Lone
Wolf
14. Sea
of Red
Divirta-se!
Mauro
B. Fonseca