quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Android e Heavy Metal

Quando pensei neste post, não tinha visto muita utilidade em comentar tecnologia em um blog de Heavy Metal, onde o principal assunto é a música que amamos.

Eu sou um entusiasta da onda Smartphone e Tablets, por achar muito interessante a possibilidade de levarmos nosso trabalho ou nossos hobbies, mas principalmente a nossa música a todo lugar onde formos.

A princípio fiquei com dúvidas do que seria possível encontrar de aplicativos para Android sobre Heavy Metal, e de inicio só achei dois aplicativos (gratuitos) que valeriam a pena instalar, ambos eram baseados em sites, de notícia ou de informações sobre bandas, que foram o ponto de partida para a montagem do aplicativo, ou seja, remetem aos sites para maiores informações, ou apenas mostram informações contidas nos sites que deram origem ao aplicativo.

Eu estava buscando algo mais, alguma coisa que fosse digno de ser citado aqui. Estava quase desistindo quando lendo um destes sites especializados em tecnologia, eu achei um aplicativo muito legal, um que transformará seu Smartphone ou Tablet em um aparelho mais com a sua cara, e que provavelmente resolverá um pouco o seu problema de espaço no dispositivo.

Bom o aplicativo ao qual me refiro aqui é o "Tune In Radio", que permite que você sintonize radios do mundo todo (é necessário ter plano de dados no celular ou no tablet).

O aplicativo é gratuito e tem vários sistemas de busca, você pode escolher se quer buscar rádios da sua região, do seu país, por proximidade, por assunto (essa é a que achei mais interessante para postar aqui).

Ao pesquisar por assunto, é possível procurar por "Heavy Metal" e o aplicativo trará uma lista de rádios especializadas em tocar Heavy Metal, basta que ela esteja baseada, ou tenha uma versão para internet.

É possível também marcar as suas rádios favoritas, é muito legal ver o que outros países tem de preferência musical, mesmo sendo o mesmo estilo, sempre há uma variação. E cada lugar tem as bandas locais que, pasmem, tocam nas rádios. Há rádios alemãs, italianas, holandesas, russas, espanholas, inglesas, ucranianas, mas incrívelmente não achei radios de Heavy Metal (não confundir com rádios de rock) brasileiras, mais uma coisa que não temos.

Ainda não tive tempo de fuçar a fundo as rádio que se pode sintonizar, mas é possível encontrar até rádios por subgêneros do Heavy Metal. Muito provavelmente é possível com uma busca mais refinada achar a sua rádio predileta, procure a sua.

A função mais legal deste aplicativo, que eu falei que iria transformar o seu dispositivo e que ele teria mais a sua cara, é que ao instalar é possível também colocar um "widget" na tela do seu aparelho para funcionar de atalho para o aplicativo. Vai lhe economizar espaço de armazenamento, pois não precisará baixar todas as suas MP3s no dispositivo, nem sua biblioteca do iTunes, pois é só sintonizar a sua rádio favorita e escutar "Heavy Metal" 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Eu testei em um Motorola XT300, e num Samsug Galaxy Tab, e o aplicativo funcionou muito bem em ambos os dispositivos, o que decepciona um pouco é a conexão 3G brasileira que é uma porcaria, funciona, mas decepciona. Em compensação se tiver acesso a uma conexão Wi-Fi, vai se deleitar com muito Heavy Metal.

Se você tem um destes dispositivos com sistema operacional Android, recomendo esse aplicativo.

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Iced Earth - Dystopia


Falar de Iced Earth despindo-me do fã e colecionador é algo muito difícil para este que vos escreve. Falar da banda sem um ícone inquestionável e dono de uma das vozes mais potentes do universo Heavy Metal: Matt Barlow, deveria ser no mínimo impossível, mas vamos lá.
 
Novamente me deparei com um novo álbum sem o Matt e imediatamente fui remetido à era Tim "Ripper" Owens. Que fez um trabalho fantástico, porém descaracterizou aquela mistura tão vigorosa que só o Iced Earth consegue fazer: Heavy, Power e Thrash Metal!
 
Como todo o quarentão que se preze, não baixei nenhuma música (coisa que por natureza já não faço mesmo), nem mesmo realizei buscas no Youtube. Queria ter o prazer de preservar aquela sensação de adolescente e ser surpreendido, da maneira que fosse.
 
Garanto que fui surpreendido e continuo, até agora! Musicalmente classifico o Dystopia como um dos melhores álbuns produzidos até hoje por Jon Schaffer, mantendo os atributos clássicos de misturar os três estilos já citados, com muito peso, agressividade, harmonia e melodia, muito superior aos últimos álbuns. E como tudo que está melhor, pode melhorar ainda mais, a voz do Stu Block traz uma energia que empolga, fazendo com que você sinta um tesão tão grande, que é impossível ouvir o CD sem bangear.
 
E por falar no Stu Block, que para mim é o grande destaque, impressionante o que esse cara canta! Quer ter uma ideia? Pois bem: Misture a potência, o alcance, a teatralidade, a melancolia e os graves do Matt Barlow com os falsetes e os vocais rasgados do Tim "Ripper" Owens. Isso é o Stu Block!
 
Jamais pensei que diria isso, mas: Vá com Deus, Matt Barlow! Obrigado por tudo que fez, pelo show no Brasil, mas siga sua vida. O Stu Block simplesmente arregaça, detona, bota pra f@#er!
 
Tudo que o Iced Earth fez de melhor até hoje pode ser ouvido no Dystopia: Músicas rápidas, agressivas e vigorosas com bumbos duplos comendo solto; riffs de guitarra e as cavalgadas de baixo altamente influenciados por Iron Maidem, música mais calma e cadenciada e até mesmo uma balada maravilhosa, mas como uma nova energia, inexplicável. Arriscaria dizer que após a entrada do Stu, o Jon se reencontrou e nos brindou com um álbum Matador!
 
As faixas deste álbum são:

 
01. Dystopia
02. Anthem
03. Boiling Pont
04. Anguish of Youth
05. V
06. Dark City
07. Equilibrium
08. Days Of Rage
09. End Of Innocence
10. Soylent Green [*]
11. Iron Will [*]
12. Tragedy and Triumph
13. Anthem [*][String Mix]
 
Se você ainda não ouviu, não sabe o que está perdendo. Se você já ouviu, deve estar como eu: Ouvindo sem parar!
 
Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Continuando a saga do Heavy Metal estar, ou não estar, morto.


Em primeiro lugar, desculpem-me o trocadilho do título da postagem, mas não consegui resistir. Esta postagem é mais para constatar um fato do que para criar uma discussão em cima de um assunto batidíssimo. No dia 14 de janeiro de 2012, um final de semana, fui para bebedouro para assistir ao show do "Hangar" e do "House of Bones", uma viagem de 800 Km.

De início, o intuito era apenas escrever duas resenhas sobre os shows, uma para cada banda, o que acabou virando uma só, devido aos acontecimentos do show, se ficou curioso, leia aqui. Durante o processo de escrita da resenha me ocorreu que montamos o blog para divulgar o Heavy Metal nacional, então me sinto na obrigação de dar um puxão de orelha em muitos fãs do nosso país que tem preconceito contra as bandas nacionais, e sem conhecimento de causa.

Então vamos lá, muitos dizem que, por exemplo: não vão a shows de bandas nacionais, porque os equipamentos que elas usam são ruins, logo a qualidade do som é ruim, então me obrigo a colocar aqui, algumas fotos dos equipamentos que foram usados no show. Fico devendo a especificação técnica de cada peça utilizada, mas esse também nem é o intuito da postagem.


Vamos começar com o ônibus que a banda tem para viajar para as cidades dos shows. Muitas bandas gringas não tem um desses.






 Depois com a montagem de uma estrutura própria para palco, não é um tabladinho ou um pequeno degrau que separa o público dos músicos, é um palco de verdade, com o piso a mais ou menos um metro e meio de altura do chão, jogo de luz completo, com direito até a "moving lights".

















Muitos culpam os equipamentos e as mesas de som por serem insuficientes ou ausentes, proporcionando um som ruim ao show, pois bem segue uma série de fotos com os equipamentos utilizados neste show, que teve um som ótimo.










Foto da mesa de som colocada no meio da pista, como em TODOS os shows gringos. Dois técnicos de som ficaram na "ilha" (como essa mesa de som é chamada pelos técnicos) durante todo o show, dando ajustes finos se necessário, para que o som ficasse perfeito.












Muitos dizem que bandas nacionais não tem infraestrutura para show, por isso não vão, então aí vai uma foto da infraestrutura do palco utilizado no show.








 


 Muitos dizem que as bandas nacionais não tem grana porque não sabem se promover, não sabem divulgar o seu som e seu produto, bom neste ponto devo dizer que com o advento da internet, muitas bandas passaram a ser mundialmente conhecidas devido a esse meio de comunicação, mas mesmo assim seguem as foto dos estandes de materiais das bandas presentes.


 























Já fui a muitos shows, mas em nenhum deles havia LIVROS à venda, isso mesmo o livro estava sendo vendido e autografado por seu autor, quem foi teve a chance de comprar e ter seu exemplar autografado.





 
Essa vai especialmente para quem diz que show de Heavy Metal não é um evento familiar, então eu penso no carnaval do nosso país, onde as crianças são expostas a violência, alcolismo, sexo, entre outros, então aí vai uma foto de um evento familiar...

E só para deixar claro que haviam mais adolescentes do que adultos no show, e não houve um só caso de violencia, alcolismo, baderna, então VAMOS APOIAR AS BANDAS NACIONAIS, se não isso vai acabar e teremos que aguentar carnaval todos os dias do ano.



Divirtam-se
Mauro B. Fonseca



PS: Caso alguém se sinta incomodado com a sua foto aqui, é só avisar que eu retiro. Espero que não fiquem incomodados, pois o intuito é mostrar que menores de idade vão a shows e os pais levam seus filhos para apreciar boa música.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Artizan - Curse Of Artizan


Algum tempo atrás postei aqui, no True Metal Brazil, a resenha de um CD Matador do Leviathan (mais detalhes acesse: Leviathan - Deepest Secrets Beneath). Como sempre faço: Tirei uma foto do CD e postei em meu perfil no Facebook, junto com o link  acima.
 
Depois um tempo vejo uma solicitação de amizade de Ty Tammeus (para quem não sabe ele foi o baterista do Leviathan). Lógico que pensei se tratar de um pefil falso ou uma brincadeira, pois era muita coincidência. Após trocar umas ideias, vi que era o cara mesmo e fiquei sabendo ele havia fundado uma nova banda, o Artizan.

Quando recebi o Curse Of Artizan, copiei em um pendrive e passei dias escutando, ininterruptamente. Ao contrário do que eu imaginava a sonoridade está longe do que foi o Leviathan, mais melódico do que progressivo e com menos quebras de tempos e compassos executados pelo Ty (que continua tocando pra caramba).

No entanto o resultado final é surpreendentemente incrível!

Bem, que acompanha o True Metal Brazil sabe de minha dificuldade em identificar os rótulos para os vários generos e estilos de Heavy Metal, porém arriscaria dizer que temos um Heavy Metal Melódico Progressivo, influenciado por Iron Maiden (ouça as linhas de baixo de Jonathan Jennings na "Fire" ou as guitarras dobradas de Shamus McConney e Robitsch Steffen na "Fading History"),  Queensrÿche (ouça a Trade the World) e algumas pitadas de Judas Priest.

Quando disse ao Ty que no Leviathan preferia o Jack Aragon, o Ty me disse que ficaria surpreso com o Tom Braden (que foi o primeiro vocalista do Leviathan), e não é que fiquei mesmo. O cara canta tem a voz melódica e extremamente potente, canta com naturalidade sem exagerar nas notas altas.

"Game Within A Game" é a minha preferida, que música poderosa! Tem uma introdução cativante e perfeita, de baixo e bateria cadenciados, que vão ganhando peso até a entrada das guitarras que acrescentam volume e textura, para em seguida entrar o Tom...é indescritível. Logo em seguida vem a "Curse Of The Artizan", extremamente intrincada e trabalhada. Linda música, confiram!

Nos 48 minutos, divididos em 8 faixas, temos uma aula de como fazer músicas de extrema Qualidade, precisas, poderosas, diretas e na cara, sem frescuras.

As faixas deste álbum são:

01. Trade The World
02. Rise
03. The Man In Black
04. Fire
05. Fading History
06. Game Within A Game
07. Torment
08. Curse Of The Artizan

É impossível não recomendar um CD tão Matador quanto este.

Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

NOTA: Ty, não se esqueça: Quando vier a São Paulo precisamos conversar, tenho alguns itens para você autografar, Dude! (risos) Vejo você em breve! Abraço e Tudo de Bom.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Pastore - Faixas do novo CD comentadas.

A banda de Heavy Metal paulista Pastore, representada por seu guitarrista e produtor, Raphael Gazal, e por seu baixista Aléxis Gallucci, acabam de divulgar o track list do seu segundo álbum, intitulado "The End Of Our Flames", que terá 11 faixas, com comentários faixa-a- faixa.

Veja a seguir:

1) Brutal Storm – Faixa de trabalho do novo CD - Rápida, poderosa e melódica. Um refrão marcante, com influência de power metal. A letra é baseada na teoria do HAARP, máquina que dizem ser capaz de “fabricar” desastres naturais para servir a alguns interesses, contribuindo assim ainda mais para a degradação do ser humano. Posteriormente essa faixa, irá se transformar em um clipe.

 2) The End Of Our Flames – Faixa-título do novo álbum. Tipo de música de abertura de shows. A guitarra é mais baseada no trash. Destaque para o trabalho de bumbo e baixo. Ponte e refrão mais cadenciados. A letra nos alerta do quanto estamos deixando de viver a vida em detrimento de um mundo cada vez mais acelerado e superficial. E o quanto estamos ficando indiferentes aos problemas do mundo. Um alerta para que possamos dar valor às coisas mais simples da vida.

3) Night And Day – A Introdução já mostra todo o trabalho de bateria de Fabio Buitvidas. Possui uma melodia vocal marcante, contrastando com o peso das guitarras. O solo é memorável, com muito feeling. A letra fala sobre um homem em sua cela, esperando a sua execução. Refletindo sobre como desperdiçou sua vida e lamentando viver dia e noite a mesma rotina.

4) Fools – A música começa com ênfase no baixo e bateria. Música muito forte, com influências de hard/heavy. O destaque fica por conta da melodia vocal e letra simples, com um refrão forte. O tema fala sobre o quanto os políticos corruptos zombam da sociedade, roubando e prejudicando a mesma sem punição.

5) Empty World – Essa faixa foi uma das primeiras músicas composta por Raphael Gazal para o novo álbum.  Tem uma introdução de bateria e guitarra bastante marcante que leva a música a um metal tradicional. Possui um vocal com bastante drive o que deixou a faixa mais pesada. A letra fala de esperança. Fala que não podemos deixar de acreditar na humanidade e que devemos procurar forças em nós mesmos para lutar por isso.

6) Liar – Tem um início que remete ao thrash oitentista. O verso mantém a mesma pegada com uma ponte com vocais dobrados. O refrão remete à bandas como Anthrax e Annihilator. O solo é, talvez, a parte mais progressiva do CD. A letra fala de pessoas aproveitadoras, que enganam os outros para tirar vantagem e explorar os mais fracos e o quanto a mentira revela as fraquezas do homem.

7) When The Sunrises – Uma balada pesada com um refrão que se destaca no CD inteiro. O vocal se inspira em Queensrÿche. A mensagem aqui proposta é a realidade do mundo sendo revelada através de um sonho. É uma mensagem de esperança para que todos, um dia, acordem para o que está acontecendo no mundo.

8) Envy – Uma das músicas mais pesadas do CD. Afinação baixa, com um bom trabalho entre guitarra, baixo e bateria. Voz agressiva com um refrão para ser cantado por todos ao vivo. Essa faixa flerta um pouco com o New Metal. A música abre bastante espaço para o baixo, que tem um solo com bastante clima, possuíitambém teclados e coros. Fala sobre o quanto a inveja envenena o ser humano e o deixa cego, egoísta e completamente alheio ao outro. Esse desejo, que é um dos pecados capitais, é fruto do mundo cada vez mais competitivo, onde você tem que ser o melhor em tudo.

9) Unreal Messages – Uma música que se destaca por ser diferente das demais. Remete o ouvinte à Black Sabbath/Dio com guitarras e bateria cadênciadas e um baixo pesado. A linha de voz funciona como parte da harmonia, dando uma dinâmica maior para a música. A letra nos fala sobre a manipulação de massa pela mídia que não é assunto recente, mas que é sempre atual. Nos fala o quanto isso é feito de forma subliminar nos transformando em “zumbis conscientes”, nos transformando em seres sem liberdade de escolha.

10) Bring To Me Peace – É um contraste com a faixa anterior. Nela o baixo e a bateria mostram total entrosamento com um vocal agressivo e “sujo”. Se destaca o solo agressivo e a base do solo bastante envolvente. A letra fala da nossa indignação com a violência no mundo. De como a mídia, como um todo, mostra a violência de forma banalizada na televisão, nos filmes e etc.

11) The World Is Falling – Música que sofre influência da carreira solo de Bruce Dickinson. Com guitarras bem trabalhadas é a música escolhida pra fechar o CD. Possuí um clima tenso, que combina com a letra, que nos mostra o quanto todos os problemas que apresentamos nas outras músicas, estão fazendo com que o mundo se torne cada vez mais decadente. Fala de como nossas ações, ambições, egoísmo e falta de consciência crítica nos transformam em seres sem emoção, sem compaixão e sem vontade de deixar um mundo melhor de legado para nossos filhos.

"The End Of Our Flames", será lançado em março no Japão pela  Hydrant/EMI Music e tem previsão para lançamento, ainda no primeiro semestre de 2012, no Brasil. O CD tem produção de Raphael Gazal, mixagem e masterização de Thomas Plec Johansson.

Em paralelo, a banda Pastore iniciou o processo de agendamento de shows. Para mais informações de como ter um show do grupo em sua cidade, basta contactar o e-mail pastoreband@gmail.com.

Fonte: Divulgação Pastore
Retirado de: http://karenwaleria.blogspot.com/2012/02/pastore-guitarrista-e-baixista-liberam.html.

A equipe do True Metal Brazil está ansiosa para ouvir esse trabalho da banda Pastore e desejamos grande sucesso à banda.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Claustrofobia - Peste

Quem nunca quase teve seu dia de fúria ante à situação atual do Brasil e a complacência de seu povo? Acredito que mesmo o cidadão mais evoluído espiritualmente, adepto do Yoga fique indignado com algumas situações, por exemplo:

1ª Com as porcarias que a televisão brasileira exibe com orgulho;
2ª Com o culto à bunda e a banalização do sexo,
3 ª Com os descasos e injustiças aos quais somos submetidos quase que diariamente, e
4ª Com a sociedade que assiste a tudo isso e nada faz para mudar. Este são só alguns dos temas que me deixam fu@#@$ da vida.

Bem, se estes cidadãos não sentem nada, eu e os caras do Claustrofobia sentimos muita indignação, fúria, ódio e raiva; talvez por este motivo este álbum não saia mais do meu CD player: Porque conseguiu verbalizar tudo aquilo que eu e uma, infelizmente, pequena minoria também sente.

As músicas são urradas em alto e bom som, em nossa língua pátria, com críticas veladas, letras ácidas, por este motivo considero como um uma espécie de manifestado orquestrado, ou melhor, um desabafo musicado.

Os caras executam o bom e velho Thrash Metal (ainda existem bandas que sabem fazer isso!) e em alguns momentos Death Metal. Impossível tentar descrever em palavras o nível técnico, a agressividade e nitidez da produção do CD, magnífico. As faixas tem aquela "sujeira" característica das bandas Old School, mas é possível identificar com clareza todos os instrumentos, imediatamente.

As faixas deste álbum são:


1. Peste
2. Metal Malóka
3. Bastardos do Brasil
4. Nota 6,66
5. Pinu da Granada
6. Alegoria do Sangue
7. Bicho Humano
8. Vida de Mentira
9. Caosfera
10. Viva

O álbum é tão intenso que quando você nem percebe que os 28 minutos já passaram e você bota pra rolar novamente.

Exercitando a positividade do pensamento, só posso recomendar esse trabalho prá lá de MATADOR.

NOTA: Como sou "xiita radical" prefiro não registrar nada acerca da música Nota 6,66. Seria injusto e tendencioso da minha parte para com a banda, porque certamente desmerecereria ou criticaria algo que já sei que não curto. Ah, a música tem 7:19 minutos e é um samba Heavy Metal, ou algo do tipo.

Muito Obrigado

Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Unbreakable – Primal Fear

O Primal Fear não é uma banda que costuma deixar seus fãs tanto tempo sedentos por um novo álbum. A banda sempre mantém um curto espaço de tempo para lançar algo novo, entre álbum de inéditas, ao vivo e coletâneas.

Desde o ano passado, com bastante antecedência, a banda já havia informado o lançamento de um novo álbum para janeiro de 2012. Através das redes sociais, foram divulgados diários de gravações sobre o vindouro álbum.
 
Sendo assim, tivemos em dezembro, o lançamento do single Bad Guys Wear Black, que já dava uma amostra do que viria por aí!
 
Vamos ao álbum!!!
 
Ao início da Intro: "Unbreakable (Part I)" a ansiedade é grande!  Mas a verdade é que após a intro, a banda lança logo 4 petardos: "Strike", "Give ‘Em Hell", "Bad Guys Wear Black" e "And There Was Silence". Todas rápidas, com riffs pesados e com refrões que não saem da cabeça desde a primeira audição do álbum!
 
"Metal Nation" lembra a temática de "Metal Is Forever" do álbum Devil’s Ground, falando sobre a importância do Heavy Metal, da música em si. Seu refrão “Everybody join the metal nation...” fará todos cantarem juntos!
 
"Where Angels Die" tem uma levada mais progressiva e não deixa cair a qualidade do álbum. Por sinal, seu refrão também é muito bom. A música possui um longo e belo solo.
 
"Unbreakable (Part II)" volta com a pegada mais pesada ao álbum, seguida por "Marching Again", que tem um início sombrio, mas logo retoma o peso!
 
"Born Again" é a balada do álbum! Tem seu lado épico, lembrando um pouco "The Healer".
 
"Blaze Of Glory" e "Conviction" mais uma vez retomam o peso para encerrar o álbum com chave de ouro!
 
Na minha humilde opinião, desde Devil’s Ground a banda não fazia algo tão bom! É bem verdade que Seven Seals, New Religion e 16.6 Before Devil Knows You’re Dead são bons álbuns, mas Unbreakable traz todos os elementos que um excelente álbum de Power Metal exige! Não deixa a qualidade do álbum cair 1 segundo sequer.
 
Com toda certeza, um álbum MATADOR e que estará na briga para ser um dos álbuns clássicos da banda!!!
 
Tracklist:

1. Unbreakable (Part1)
2. Strike
3. Give ‘Em Hell
4. Bad Guys Wear Black
5. And There Was Silence
6. Metal Nation
7. Where Angels Die
8. Unbreakable (Part 2)
9. Marching Again
10. Born Again
11. Blaze Of Glory
12. Conviction
 
Divirtam-se!
Abraço,
Victor Hugo Mesquita

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Imago Mortis - Vida: The Play of Change


Antes de começar a resenha sobre este álbum, gostaria de agradecer a um amigo por ter me “obrigado” a escutar novamente o CD para resenhá-lo para vocês. Claro que vez ou outra escutava uma música aqui e outra ali, mas para tecer comentários sobre um CD, DVD, livro ou qualquer outra coisa, é necessário “mergulhar” no trabalho e perceber os mínimos detalhes que, neste caso, inclui relembrar pequenos pedaços da minha própria vida, portanto o meu OBRIGADO amigão.

"Vida", nome interessante para o segundo CD de uma banda. Pode-se dizer que este CD consolidou o nome “Imago Mortis” no cenário do Metal nacional, e se você não sabe o por quê?, eu explico, o álbum é conceitual, então se você baixou ele da internet, perdeu uma parte do trabalho, que está justamente no encarte. A começar pelo modo de agradecer as pessoas que ajudaram a banda, um encarte a parte, com uma foto de um dos olhos da pessoa a ser agradecida.

Para começar, a banda passa por uma reformulação em sua formação, o vocalista Fernando Siebert é substituído por Alex Voorhees, dando mais peso às músicas da banda, o baterista Flavio Duarte deixa a banda e é substituído por André Delacroix.

Com sangue novo, os irmãos "Imagões" Fabio e Fabricio Barreto, trabalham firme para compor, dando "Vida" a este trabalho Matador, mas a reformulação trás grandes contribuições do vocalista Alex Voorhees e do tecladista Alex Guimarães (será que é um dom de “Alex?), que também compõem ou participam das composições, o que só acrescentou pontos altos ao álbum.

Para continuar a resenha é necessário explicar algumas coisas sobre a história do CD. Este álbum conta a história de uma pessoa que descobre estar sofrendo de “VIDA”, uma doença terminal e incurável. O ouvinte é convidado, ao longo das doze faixas que compõem o álbum, a vivenciar o encontro desta pessoa com a morte. VIDA foi baseado em estudos e depoimentos realizados com doentes terminais, bem como em diversos trabalhos filosóficos e artísticos sobre o tema (retirado de Die Hard).

Dito isso vamos às músicas, o CD trás a marca registrada da banda, o som soturno, triste e melancólico, com passagens pesadas contrabalanceando perfeitamente cada parte. Novamente as composições dos "Imagões" são de tirar o chapéu, nos levando a um outro patamar de angústia e depois de esperança. Se você não entendeu, releia o parágrafo anterior que fala sobre a história do CD ou o que seria melhor para entender, escute o CD de cabo a rabo.

As fases pela qual uma pessoa, que descobre estar com uma doença terminal, passa estão perfeitamente compostas nas músicas do CD, ao ouvir você reconhecerá todas elas. A banda está em perfeita sincronia e alcançou um estágio de evolução muito grande para compor e gravar esse CD e é possível perceber a grande maturidade dos músicos.

As letras formam uma história narrada por “ME” que é personagem com a doença, e no encarte algumas passagens explicam os momentos da música, tornando mais palpável o que está acontecendo com o personagem (não falei que uma parte do trabalho está justamente no encarte?).

Este é o “jeito” Imago Mortis de fazer as coisas, nunca iguais, nunca como todos os outros, nunca simples, nunca satisfeitos com o que existe e sempre procurando fazer com que o ouvinte se envolva cada vez mais nas músicas deles.

Não gosto de citar minhas músicas preferidas de cada CD, mas vejo que muitas vezes eu sou obrigado a fazer isso, esta é uma delas. O álbum no início vai direcionando o ouvinte ao ponto onde o Imago Mortis quer te levar e a cada faixa o clima vai ficando mais “tenso” eu diria, até que finalmente alcança o clímax com a épica “Me And God”, que durante muito tempo ficou na minha cabeça e agora está e tenho certeza que ficará novamente na minha cabeça por um longo tempo.


Para não deixar a tradição de lado, este CD conta também com uma faixa cantada em português, "Saudade", que a banda define como sendo o que "YOU" (outro personagem da história) sente de "ME", mais uma vez chamo a atenção para o que se desenrola no encarte, sem ele a história pode ficar capenga. Mesmo assim o CD é muito bom e pode ser apreciado pelos amantes de um verdadeiro CD de Heavy Metal.

Em algum ponto da resenha eu deveria falar da produção, vou inserir este tópico por aqui, para chamar a atenção do caro leitor para uma pequena "coincidência", o trabalho de produção ficou a cargo de Gustavo Carmo, se você acha que ouviu (leu) esse nome, clique aqui, aqui, aqui ou aqui. Desnecessário dizer que foi um trabalho de produção excelente.

Já devo ter falado em algum lugar dessa resenha que o CD é Matador, se não falei, aí vai CD Matador. Recomendado, aliás, obrigatório.

Segue a relação das faixas:


01 - Long River
02 - Central Hospital
03 - Three Parchae
04 - Pain
05 - Envy
06 - Me and God
07 - The Silent King
08 - Insomnia
09 - Terminal Christ
10 - Unchained Prometheus
11 - Saudade

O CD inclui ainda uma faixa multimídia, “The Play of Change”, um jogo de oráculos baseado no I Ching, o milenar Livro da Mudança. Originalmente a idéia da banda era fazer um jogo de tabuleiro, físico, não digital como está no CD.


Deixo um pequeno presente que o próprio Alex Voorhees me passou e também me autorizou a postar aqui, um link com toda a discografia do Imago Mortis e algumas coisinhas extras.

Divirtam-se.
Mauro B. Fonseca

Atualização: Depois de ter terminado e publicado a resenha, descobri esse outro link que contém todas as letras dos CDs e as traduções das mesmas. Mais uma vez valeu Alex por mais essa ajudinha aos fãs.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Imago Mortis - Images From The Shady Gallery

Começou como uma cobrança de um amigo que recentemente descobriu o Imago Mortis, postou uma foto no FaceBook do último album da banda que havia adquirido. "Vida - The Play of Change", me cobrou uma resenha, respondi que faria uma, mas já que uma pessoa tão informada como ele sobre Heavy Metal, recentemente descobriu o Imago Mortis, aposto que deve ter um monte de leitores que também nunca ouviu falar da banda. Então resolvi que iria fazer a resenha do CD citado, mas iria começar... do começo.

Vamos falar do começo da banda do primeiro álbum, "Images From The Shady Gallery", o ano 1998, Rio de Janeiro - Brasil. Nasce oficialmente o primeiro álbum do Imago Mortis.

Bom, nasce oficialmente também uma banda sem par que ousa do começo ao fim do álbum, quer ver? O ano é 1998, lembram? Quantas bandas nacionais cantavam músicas em português? Quantas bandas nacionais inseriam frases em latim em suas músicas? Quantas bandas nacionais tinham vocais femininos, mesmo que em um música que fosse? Quantas bandas nacionais tinham violoncello nas músicas? Quantas bandas nacionais conseguiam imprimir um ar soturno nas suas músicas? Quantas bandas nacionais faziam covers de música popular brasileira? Isso mesmo MPB, e faziam ficar muito, muito , muito, mas muito mesmo, agressiva e soturna? Pois é nenhuma, até então.

O CD começa com uma música que durante muito tempo foi o carro chefe do Imago Mortis, "Bring Out Your Dead", música fantástica mesmo, bem pesada (não se esqueçam do ano em que foi lançado o CD, hein!!!).

Do primeiro ao último minuto do CD, a banda nos presenteia com composições surpreendentes, ousada, pesadas tristes e muito soturnas, marca mais que registrada da banda. As composições dos irmãos "Imagões" Fabio e Fabricio Barreto são repletas de referências às mais variadas formas de arte e literatura. Que sempre pega os mais desavisados desprevinidos, se não prestar atenção, perde a informação, se não tiver informação, perde a referência.

Na época a banda era formada por Fernando Sierpe - vocais, Fabricio Barreto (no encarte está como Lopes) - guitarras, Fábio Barreto (no encarte está como Lopes) - baixo, Alex Guimarães - teclados e Flavio Duarte - bateria.

Caso dê sorte de encontrar esse CD, não se surpreenda em ter um CD de Heavy Metal soturno e pesado com três (isso mesmo 3) músicas cantadas (ou recitadas) em português. Entre elas está uma música do Chico Buarque - "Deus Lhe Pague, que ficou muito assustadora e bem Heavy Metal.

Os "Imagões" e o restante da banda não sabiam na época, mas neste CD começou uma parceria que traria a mudança mais radical na formação da banda. A parceria da banda com Alex Voorhees, que viria a se tornar o vocalista definitivo do Imago Mortis. Aqui devo confessar que gostaria muito de escutar algumas destas músicas (se não todas) na voz teatral, assustadora, poderosa e soturna do Alex.

Segue a lista das faixas deste CD:

01 - Bring Out Your Dead
02 - The Shoemaker
03 - Dying Pantheon
04 - Res Cogitans
05 - Empty Cradle
06 - Deus Lhe Pague
07 - Ultima Visio
08 - Requiem
09 - Nona (faixa escondida, com linhas de violão do Fabricio)

CD Matador, recomendadíssimo.

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca