terça-feira, 29 de março de 2011

Exodus - Double Live Dynamo

A imagem do saudoso e fudidasso Paul Ballof (com seu uniforme da União Soviética e “tocando” a haste do seu microfone) foi uma escolha mais do que acertada para ilustrar a capa desse lançamento, um DVD que tem conteúdo muito mais do que obrigatório e clássico.
 
Só perde para o Combat Tour Live: Ultimate Revange (lançado em VHS), que contém trechos do show do Exodus, Venom e Possessed; em 1985 no Studio 54, em Nova Iorque. No entanto, perde porque não conseguiu fazer minha mente e corpo reproduzir as mesmas sensações de quando assisti ao VHS, porque o conteúdo é MATADOR!

O show de 1985 foi realizado no Dynamo Club, tem uma qualidade de vídeo limitada, mas acaba sendo legal para a moçada que está começando a curtir Metal tentar entender com o que nós vibrávamos em nosso tempo e para mim matar saudades. O áudio é bom o suficiente para deixar os fãs mais antigos emocionados. Lembrar e ver a banda com toda a energia que lhe era característica e com sua formação original não tem preço!

As faixas são: Bonded By Blood, And Then There Were None, Hell’s Breath, Deliver Us To Evil, Deathrow, Pleasures Of The Flesh, A Lesson In Violence, No Love, Piranha, Strike Of The Beast, Metal Command e Impaler.

O show de 1997 foi realizado no Dynamo Open Air, tem uma estrutura muito superior de áudio e vídeo, bem como uma platéia muito mais, para não dizer gigantesca. Esse show tem uma mudança na banda, pois traz o monstro Jack Gibson no lugar do Rob McKillop (não menos monstro!), mas não altera em nada o resultado final, pois o tesão em assistir é o mesmo.

As faixas são: Bonded By Blood, Exodus, Pleasures Of The Flesh, And Then There Were None, Piranha, Deliver Us To Evil, No Love, A Lesson In Violence e Strike Of The Beast.

Gosto do Exodus hoje, com o Rob Dukes na voz, também gosto da fase Steve Souza, mas o Paul Ballof continua sendo meu preferido e insubstituível!

Márcio Rebelo

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mötley Crüe e Buckcherry

Dia 17/05 – Ter
Horário: às 21h30
Preço: de R$45,00 a R$320,00
Av. das Nações Unidas - 17.955
Santo Amaro
Fone: 2846-6010

O show, que comemora os 30 anos de estrada do Mötely Crue (foto), também marca a primeira apresentação conjunta dos grupos no País.

Além de subir ao palco para divulgar o disco Saints of Los Angeles, lançado em 2008, banda reúne os integrantes da sua formação original, fato que não acontecia há cinco anos. No setlist estão alguns dos maiores clássicos do Mötley, como Girls, Girls, Girls e Home Sweet Home.

Informações retiradas do site Terra.

Divirtam-se
Equipe True Metal Brazil

segunda-feira, 21 de março de 2011

Imago Mortis - Transcendental

Eu não costumo escrever palavras de baixo calão nas minhas resenhas, mas agora é um ótimo momento para inserir uma, não é à toa que essa banda é uma referência quando se fala de Doom Metal no Brasil.

O CD é maravilhoso. Tem aquele ar sinistro, dos CDs antigos, mas tem algo mais, a banda está soando mais rápida, mais “violenta”, diferente dos CDs anteriores, que possuíam um clima mais soturno, mais carregado de melancolia, não quero dizer que este CD esteja alegre, mas está menos soturno. A recente reestruturação na banda pode ter tido uma pequena influência neste fato.

Devo confessar que quando soube que os irmãos Fabrício Lopes (guitarra) e Fábio Barreto (baixo), e Alex Guimarães (teclado) haviam saído da banda, cheguei a pensar que seria o fim de mais uma grande banda nacional. Ao ouvir pela primeira vez este CD percebi que devia desculpas a Alex Voorhees (voz) e André Delacroix (bateria) por duvidar da capacidade de ambos em encontrar músicos à altura dos que haviam saído e de compor músicas tão boas quanto as que eram compostas pelo time anterior. Então aqui estão as minhas desculpas (mais pública impossível).

Agora vamos ao que interessa que é a música. Uma grande característica do Imago Mortis é a coragem e a capacidade que tem de se re-inventar e ser bem sucedido naquilo que faz. Cada faixa que começa é uma grata surpresa para os ouvidos, músicas com refrões “pegajosos” que grudam no ouvido e não querem mais sair, riffs de guitarras poderosos, teclados melancólicos combinados com os vocais, ora rasgados, ora “chorosos”, fazem deste CD um verdadeiro esbanjo de talento e capacidade de composição.

Uma amostra da coragem desta banda é a música “sangue e dor”, cantada todinha em português. Aí você pode retrucar “mas é moda banda gravar na língua materna, todas fazem isso e jogam a música lá pro fim do CD”, pois é, aqui não acontece isso, ela é a 7ª faixa. E por sinal que faixa, recomendo a todos que prestem muita atenção na letra desta música.

A cada nova música que começa é uma massagem no seu ouvido que se inicia, e uma após a outra não deixam a peteca cair formando um excelente conjunto, enfim um CD de altíssimo nível.

Segue a sequencia do album: Hall of Souls, Across the Desert, Undrying Tears, Searching For a Touch of Divinity, Into the Void, Kali Yuga, Sangue e Dor, Sweet Lullaby, Sea of Uncertainty, Love Path, Transcendental, Bring Out Your Dead.

E aqui é a única ressalva que eu faço ao CD, está na hora de deixarem "Bring Out Your Dead" de fora do próximo álbum, mas mesmo assim este CD é Matador.

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

segunda-feira, 14 de março de 2011

Gov't Mule - Mulennium

Começo com minha classificação: MATADOR!
Esse álbum foi gravado em 31/12/1999, no The Roxy Theatre Atlanta, Estados Unidos. Se não estou enganado o lançamento ocorreu em Setembro de 2010.
Até onde tenho conhecimento, este é o último registro ao vivo que conta com o trio original - Warren Haynes, Matt Abts e Allen Woody - pois em Agosto de 2000 Allen Woody falecia. Tem a participação, mais do que especial, do guitarrista e vocalista James Milton Campbell Jr(1), ou simplesmente Little Milton, uma sumidade indiscutível do Soul & Blues, em seis faixas do segundo CD, além de outras participações.
O Gov't Mule é uma banda, imprescindível para qualquer pessoa que diz curtir Rock'n Roll e Soul & Blues, pois os caras fazem músicas completas, de verdade, com corpo e alma. Músicas que devem ser apreciadas como se fossem os melhores vinhos, cervejas ou charutos que o dinheiro pode comprar.
Particularmente curto muito mais as músicas com pegada mais  Rock'n Roll do que as que tem a pegada mais Soul & Blues, mas deixo registrado que este show não possui nenhuma música ruim ou que possa passar batido. Todas, sem exceção, merecem uma audição dedicada e apurada para o aproveitamento total da atmosfera que os caras criam.
São 26 faixas, distribuídas em 3 CD's com mais de 3 horas de música. Minhas preferidas deste extenso show são: Lay Your Burden Down, Life Before Insanity, Towering Fool, We're Not Gonna Take It, Dazed And Confused, When The Blues Come Knockin', Helter Skelter, End Of Line e Out Of The Rain.
Arriscaria dizer que algumas músicas me proporcionam uma visita às sensações que o paraíso me proporcionará um dia. Isto é, se este for meu destino após minha passagem por este plano!

Abraço

Márcio Rebelo
(1) Little Milton, faleceu em Agosto de 2005.

terça-feira, 8 de março de 2011

The Raconteurs - Broken Boy Soldiers

É um álbum "velho", lançado em Maio de 2006, mas que só conheci recentemente por indicação do Thiago Alves da Die Hard Records. Ponto para ele! Baita indicação!
 
A história de como surgiu esta banda pode ser pesquisada a fundo na internet e até onde o Thiago me explicou essa banda surgiu como um projeto do Jack White (ex-White Stripes).
 
Para quem gosta de Rock'n Roll sessentista e setentista é um prato cheio e diria que audição obrigatória. As músicas e a sonoridade não trazem nada de novo além do bom e velho rock'n roll com poucos momentos psicodélicos e blues.
 
As músicas me fizeram lembrar imediatamente de bandas "das antigas" como The Mamas And The Papas, Beach Boys, Pixies, The Who,The Beatles, The Doors  e Deep Purple.
 
A produção do CD é fantástica, todos os instrumentos e vozes são extremamente cristalinos, e os backing vocals estão muito bem colocados, proporcionando o ambiente perfeito.
 
O único demérito é a duração do álbum, extremamente curto, só 33 minutos!
 
Classifico esse álbum como extremamente Honesto.
 
Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 7 de março de 2011

DVD do Avantasia

É um dos mais esperados DVDs de Heavy Metal do ano: Em 18 março a espera vai acabar! Começou apenas como um projeto de estúdio, em 2008 Avantasia embarcou em uma turnê mundial para escrever a história Heavy Metal: Pela primeira vez, um gigantesco projeto repleto de estrelas como este, se reúne não só para gravar um album de estúdio, mas "A ópera Metal" sai em turnê para tocar para centenas de milhares de fãs pelo mundo, em apenas algumas semanas.

Em 18 de março os fãs terão a chance de reviver a experiência com o pacote de dois DVDs "The Flying Opera - Around the world in twenty days - live". Um DVD contará com um show completo em estéreo e Dolby 5.1, gravado durante os shows do Wacken Open Air e Masters Of Rock Festival, ambos em 2008. O segundo DVD contém um documentário filmado por uma equipe de câmeras que acompanhou o caminho gigante ao redor do globo, para dar aos espectadores a chance de um vislumbre nunca-antes-visto de imagens dos bastidores, entrevistas, o início do Avantasia e sua história e todos os videoclipes que o Avantasia já filmou.
Para obter mais informações, vá para a página oficial de Tobias Sammet e confira a edição limitada do Box!

Divirtam-se
Equipe True Metal Brazil

quinta-feira, 3 de março de 2011

Time de primeira

Quando comecei a ouvir Heavy Metal, lá pelos anos 80, todo garoto imaginava como seria o encontro entre o vocalista da banda “X” com o guitarrista da banda “Y”, ou um duelo de guitarra entre guitarristas de 4 ou 5 bandas diferentes, um encontro entre 2, 3, 4 ou mais vocalistas de suas bandas prediletas.
 

Naquele momento da indústria musical, isso era estritamente “PROIBIDO”, as gravadoras, os empresários e muitas vezes as próprias bandas enxergavam isso como perda de identidade musical, descaracterização da identidade da banda, entre outros; sem levar em conta que muitas vezes as bandas baseavam-se em localidades geograficamente distantes (lembre-se que na época não havia internet, o próprio computador apenas engatinhava) o que dificultava, e muito, a troca de material, informação e até a troca de idéias entre as bandas.
 

Então por volta de 1985 um dos maiores e mais promissores vocalistas de Heavy Metal, Ronnie James Dio, reuniu 8 vocalistas principais e 16 de apoio, para a gravação de uma música intitulada “Hear N’ Aid”. No processo também foram incluídos 12 importantes guitarristas da época e outros 20 músicos de grande destaque, em prol de uma boa causa, aliviar a fome na África.
 

Alguns outros projetos reunindo 2 ou 3 vocalistas surgiram depois disso, mas nenhum com tamanha visibilidade e número de pessoas envolvidas.
 

Integrantes que deixavam suas bandas eram recrutados para gravar discos como convidados em diferentes bandas, em especial os vocalistas.
 

As bandas começam a permitir que seus integrantes gravem com outras bandas ou músicos, seus integrantes podem gravar projetos paralelos e continuam a fazer parte da banda. Ex-integrantes de bandas são convocados para bandas diversas e em alguns casos para montar bandas que fazem referência à suas origens, quem nunca ouviu “X-Wild”?
 

Então por volta dos anos 2000, surge uma banda chamada Edguy, que a principio não trazia nada de novo, com exceção de seus integrantes. Era mais uma banda de Heavy Metal melódico como tantas outras, mas seu vocalista era ninguém menos do que Tobias Sammet.
 

Tobias não se contentou em “apenas” ter uma banda e ser o vocalista dessa banda, ele precisava extravasar a sua veia criativa e inicia um projeto paralelo ao Edguy, o Avantasia.
Ao gravar o primeiro CD do Avantasia, Sammet já mostra sua veia inovadora, convoca um time de vocalistas para “interpretar” os personagens da sua história, contada em 13 músicas.
 

Enquanto isso no Brasil uma gravadora em início de carreira – a Die Hard Records – convoca 14 bandas para “cantar” a história mais conhecida de William Sheakespeare, Hamlet, essa gravadora é hoje reconhecida pelo público brasileiro consumidor de Heavy Metal.
 

A diferença entre os dois CDs é que enquanto em Avantasia os vocalistas “interpretam” personagens, em Hamlet as bandas “cantam” momentos diferentes da história.
 

Voltando ao Avantasia, este teve continuação, o que nunca poderia acontecer com Hamlet, onde a história continua e novos personagens são “interpretados” por mais vocalistas convidados.
 

Novos CDs com novas histórias são lançados e Sammet escreve seu nome na história metálica, e começa a realizar o que todos achavam impossível, mas gostariam de ver, shows com os vocalistas e guitarristas do Avantasia. Pelo menos com alguns deles.
 

Em umas destas turnês ele realiza o feito mais marcante (pelo menos na visão deste que vos escreve), consegue em primeiro lugar fazer com que um dos vocalistas mais aclamados da história do Heavy Metal melódico faça shows, e em segundo, faz com que esse mesmo vocalista cante lado a lado com seu antigo companheiro de banda, todos sabem a quem me refiro. Michel Kiske, com seu vocal afinadíssimo e Kay Hansen, com sua irreverência e carisma marcantes.
 

Se Sammet não fizesse mais nada musicalmente, já teria colocado seu nome para sempre na história do Heavy Metal, foi o responsável, talvez não o único, pelo reencontro musical entre Kiske e Hansen, em um CD e em uma turnê, a qual tive o prazer de assistir, ouvir, gritar e pular.
 

Agradeço a todos os músicos de Heavy Metal, aos famosos e aos esquecidos, por essas quase quatro décadas de excelentes músicas, que nos inspiraram em nossas vidas particulares e profissionais, vocês são realmente um time de primeira linha…

Obrigado.
Mauro B. Fonseca