sexta-feira, 29 de junho de 2012

Lançamentos de 2012 (por enquanto)...

Chegamos a metade do ano. Aqui vai uma pequena lista dos alguns lançamentos até agora. Bom dar um olhada pra saber se aquela banda q vc curte lançou algo:

Anneke Van Giersbergen - Everything Is Changing
Biohazard - Reborn In Defiance
Blind Guardian – Memories Of A Time To Come
Cadaveria - Horror Metal
Chickenfoot - Different Devil (Mini Album)
Dario Mollo & Tony Martin - The Third Cage
Eluveitie - Helvetios
Kee Marcello – Redux Europe
L’Âme Immortelle - Momente
Lacuna Coil - Dark Adrenaline
Lana Lane - El Dorado Hotel
Lillian Axe – XI The Days Before Tomorrow
Primal Fear - Unbreakable
UFO - Too Hot To Handle (The Very Best Of UFO)
Unisonic - Ignition (EP)
Van Halen - A Different Kind Of Truth
Alice Cooper - No More Mr. Nice Guy Live!
Autopsy - All Tomorrows Funerals
Bonfire - Fireworks Still Alive
Corrosion Of Conformity - Corrosion Of Conformity (2012)
Freedom Call – Land Of The Crimson Dawn
House Of Shakira - HoS
Rotting Christ - Early Days
Steve Hogarth & Richard Barbieri - Not The Weapon But The Hand
UFO - Seven Deadly
Vengeance - Crystal Eye
Xandria - Neverworld's End
Amberiam Dawn - Circus Black
Picture - Warhorse
Rage - 21
Tuff – What Comes Around Goes Around Again
Romeo's Daughter - Rapture
Angel Witch - As Above, So Below
Opera Diabolicus - 1614
JSS - Damage Control
Blaze - The King Of Metal
Adrenaline Mob - Omert
Donnie Vie - Wrapped Around My Middle Finger
Overkill - The Electric Age
Hollywood Burnouts - Excess All Areas
H.E.A.T - Address The Nation
Jack Blades - Rock 'n Roll Ride
Iron Maiden – En Vivo! [Live]
Axel Rudi Pell – Circle Of The Oath
Phenomena - Awakening
Pretty Maids - It Comes Alive
Accept - Stalingrad
Unisonic - S/T
Tommy Vitaly - Hanging Rock
Glenn Hughes – Live In Wolverhampton
Burzum - Umskiptar
Outloud - More Catastrophe (EP)
Mpire Of Evil – Hell To The Holy (Ex-membros do Venom)
Dragonforce - The Power Within
Scarlet Haze – One Bad Bitch
Atrocity - Die Gottlosen Jahre
Halestorm – The Strange Case Of…
John Wetton & Geoffrey Downes - Icon - Heat of the Rising Sun
Jeff Loomis - Plains of Oblivion
Exumer – Fire & Damnation
VA – Tommy Bolin and Friends – Great Gypsy Soul
Hydrogyn - Private Sessions
Running Wild - Shadowmaker
Savage – Sons Of Malice
Paradise Lost - Tragic Idol
Fair Warning - Best and More
Trans-Siberian Orchestra – Beethoven’s Last Night [The Complete Narrated]
Arjen Anthony Lucassen - Lost In The New Real
Joe Satriani – Satchurated – Live In Montreal
Cradle Of Filth – Midnight In The Labyrinth
Ignitor – Year Of The Metal Tiger
Tyketto - Dig In Deep
Trixter - New Audio Machine
Sabaton – Metalus Hammerus Rex [Compilation]
Crystal Viper - Crimen Excepta
C.T.P (Christian Tolle Project) – The Higher They Climb
Dark Tranquillity - Zero Distance (EP)
Emina – Take #1
Six Feet Under – Undead
Hardline - Danger Zone
Europe - Bag Of Bones
Prong - Carved into stone
Great White - Elation
Obus – De Madrid Al Infierno
Saxon - Heavy Metal Thunder Live Eagles Over Wacken
At Vance - Facing Your Enemy
L’Âme Immortelle – Fragmente
George Lynch – Legacy [EP]
U.D.O. - Celebrator
Dee Snider - Dee Does Broadway
Mortification – Scribe Of The Pentateuch [EP]
Trevor Rabin (ex-YES) – Jacaranda
Sonata Arctica - Stones Grow Her Name
Slash - Apocalyptic Love
White Skull – Under This Flag
Axxis – reDISCOver(ed)
Firewind - Few Against Many
The Cult - Choice of Weapon
Children Of Bodom - Holiday at Lake Bodom
Show-ya - GENUINE DIAMOND
Little Caesar – American Dream
Kill Devil Hill – Kill Devil Hill
Kreator - Phantom Antichrist
Marduk – Serpent Sermon
Delain - We are the Others
The Murder Of My Sweet - Bye Bye Lullaby
Sledge Leather – Imagine Me Alive
Malice - New Breed Of Godz
Fear Factory – The Industrialist
Ugly Kid Joe - Stairway to Hell EP
Driver - Countdown
Candlemass - Psalms For The Dead
Crucified Barbara - The Midnight Chase
Jorn (Jørn) – Bring Heavy Rock To The Land
Chris Robinson Brotherhood – Big Moon Ritual
The Agonist - Prisoners
Royal Hunt - Heart of the City [Compilation]
Jaded Heart - Common Destiny
L.A. Guns - Hollywood Forever
Rush - Clockwork Angels
Tank - War Nation
Mr.Big - Live from the Living Room
Krokus – Favorites
Holy Moses – 30th Anniversary – In The Power Of Now
ZZ Top – Texicali [EP]
Paradise Lost - Lost In Time
Sarah Jezebel Deva - Malediction [EP]
Ken Hensley - Love & Other Mysteries
ManowaR – The Lord Of Steel
Lita Ford - Living Like A Runaway
Gun - Break The Silence
Nile – At The Gates of Sethu
Talisman - I'll Be Waiting (EP)
Luca Turilli's Rhapsody - Ascending to Infinity
Butcher Babies – Butcher Babies [EP]
Herman Frank - Right In The Guts
Black Sabbath – Iron Man... The Best of Black Sabbath
Richie Sambora – Aftermath Of The Lowdown
Holyhell – Darkness Visible – The Warning [EP]
Havok – Point Of No Return [EP]
Abraços
Paulo Márcio

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Riot - Immortal Soul

Quando anunciaram o falecimento de Mark Reale, em janeiro deste ano, não associei seu nome ao Clássico gravado pelo Riot em 1988, Thundersteel. Talvez a associação não tenha acontecido por problemas inerentes a pessoas idosas e estressadas ou até mesmo por não ser um profundo conhecedor e fã do Riot.

Após quase cinco meses de sua passagem, estou eu na galeria trocando ideia com um amigo lojista, que me diz: "Você já pegou o Immortal Soul do Riot? Para mim é um dos melhores álbuns de 2011!". Bem, como o amigo já me indicou muita, mas muita, coisa boa e tamanha efusividade na recomendação, comprei o álbum na hora. Ainda bem!

A faixa de abertura, "Riot", começa com um riff de guitarra que remete à fase áurea do Helloween, pouco depois ganha peso e velocidade no melhor estilo Power Metal e em seguida entra a voz, MATADORA, do Tony Moore. Que música...que solo, só essa faixa já pagaria o CD, mas ainda temos mais 11 pauladas.

"Still Your Man", é apresentada pelo Bobby, que trás em sua bota o Mark, porém em uma música mais cadenciada, com o Tony mostrando o lado mais melódico de sua voz, com coros e backing vocal contagiantes, uma mistura de Hard Rock com Heavy Metal. Talvez uma boa referência em termos de música, para situa-lo, seja o Impellitteri.

"Crawling" vem na sequência (para este que vos escreve a melhor música do álbum), com um clima meio soturno, melodia que remete ao oriente, riff de guitarra distorcido e pesado, um jogo de vozes e backing vocal que enche a música de texturas, impossível não cantar junto:

"...I have been there once before,
But the band played out of tune,
And I did not have a word to tell a story,
'til you saved me with a love so rare
As water on the moon,
And I'm sorry, I'm sorry, so sorry..."

A próxima é a veloz e pesada "Wings Are For Angels", seguida da "Fall Before Me" também pesada, mas cheia de groove e acordes melódicos inseridos estrategicamente.

Ficar falando e detalhando faixa por faixa de um álbum é algo que torna uma resenha maçante, pelo menos para mim.

Afirmo que é indescritível, impossível mesmo, transformar em palavras o tesão que dá em ouvir cada uma das 12 faixas deste álbum. Seja pelos riffs de guitarra extremamente empolgantes, cativantes e contagiantes que o Mark Reale criou, pela pegada precisa do "octopus" Bobby Jarzombek em sua bateria ou pela interpretação, melodia e voz (maravilhosa) do Tony Moore. Outra tarefa impossível é definir o estilo da banda, que parece brincar com Hard Rock, Heavy Metal e Power Metal, numa baita simplicidade.

As faixas desde álbum são: 

01. Riot
02. Still Your Man
03. Crawling
04. Wings Are For Angels
05. Fall Before Me
06. Sins Of The Father
07. Majestica
08. Immortal Soul
09. Insanity
10. Whiskey Man
11. Believe
12. Echoes

Ah, não posso deixar de citar outra das músicas grudentas em que tanto a melodia, riffs e o refrão martelam na sua cabeça por horas, dias se bobear:

"...Insanity, return to me,
I'm living in a fever dream.
I burn for you, you scream for me,
There's no one else i'd rather be right now..."

Pena que o Mark Reale nos deixou, porém, ainda bem que deixou este último registro: CLÁSSICO!

Se você não ouviu, a audição e aquisição são obrigatórias. Tenho certeza de que você não se arrependerá!

Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Raven – Clash Club, 17 de junho de 2012

Foto Paulo Márcio
Há pouco mais de três décadas a "New Wave Of British Heavy Metal" surgiu com uma geração de bandas que mudou completamente o rumo da música pesada. Uma das mais importantes entre elas, veio nos visitar neste mês de junho e foi impossível não sentir aquele gosto de anos 80.

Muito se fala de som datado, de passado, que é preciso olhar para frente, mas como é bom assistir a um grupo que possui dezenas de sons matadores, domínio de palco, talento musical, e história... muita história.

O trio formado pelos irmãos Mark e John Gallagher e o batera Joe Hasselvander, na banda desde 1988, despertou o interesse dos fãs, que se não compareceram em um grande número, eram na sua maioria, fieis ao estilo.

É muito legal ver vários headbangers com jaquetas ou coletes jeans cheio de patches, jaquetas de couro e camisetas com logos de bandas pouco conhecidas do público comum. O clima é realmente diferente de outros shows e muito bacana.

A abertura, no horário previsto, coube às garotas da Nervosa, que para quem ainda não conhece, é uma banda de Thrash Metal (com influencias de Exodus e Slayer) formada por Fernanda Lira (baixo/voz), Fernanda Terra (bateria) e Prika Amaral (guitarra).
Foto: Paulo Márcio

Poucas pessoas acompanharam um set curto, mas energético, dessa banda que está evoluindo a olhos vistos. O que dedicação e trabalho, muito trabalho não fazem. E isso não tem faltado para essas moças. Um dia antes tinham se apresentado no "Threat Fest" aqui na capital. Em seguida foram para Varginha-MG tocar no "Festival Roça n’Roll" já de madrugada, e completando a maratona, voltaram para Sampa para abrir para o Raven. Haja fôlego.

E isso não faltou para elas. Sem demonstrar nenhum cansaço, detonaram entre outras "Justice Be Done", "Urânio Em Nós" e "Masked Betrayer". É lamentável que muita gente ainda prefira ficar do lado de fora da casa, ignorando as bandas nacionais que abrem os shows de bandas internacionais. Para essas pessoas só posso dizer que perderam um ótimo show, mas faz parte. Isso não é de hoje que acontece, e imagino que as garotas da Nervosa sabem disso. De qualquer maneira, elas mandaram muito bem.

Com uma melhora expressiva do púbico, o grande Raven entra no palco com a mesma disposição e energia que marcou sua carreira ao longo das últimas décadas.
A trinca inicial com "Against The Grain", "Take Control" e a magnífica "Live At The Inferno" transformou a casa em um lugar atemporal, como se todos tivessem voltado para o início dos anos 80. Os agudos de John absurdamente altos, riffs precisos de Mark e a mão pesada de Joe. Foi uma aula de entrosamento dos músicos, postura de palco – agitaram o tempo todo - e não faltaram os duelos e a famosa "cruzada" do baixo de John com a guitarra de Mark.

Quando se tem tantos clássicos à disposição para montar o setlist, as coisas ficam bem mais simples para a banda e muito melhor para os fãs.

"All For One" e "Rock Until You Drop" tiveram seus refrões "berrados" por todos. O público presente sabia muito bem quem estava no palco e retribuía com o devido valor, que o Raven merece. Ponto positivo para uma nova geração de fãs que não vivenciou os anos 80, mas admira, cultua, e mantém o legado vivo.

A banda manteve o alto nível da apresentação com o conhecido medley de "Speed Of The Reflex / Run Silent, Run Deep / Mind Over Metal", seguidas por "Bulldozer", e a veloz "Faster Than the Speed of Light".

Caminhando para o fim, duas músicas, "For The Future" e "On And On" merecem destaque não só pela interpretação precisa da banda nesta noite, mas por representarem momentos absurdamente contrários na história do grupo.

A primeira marcou o inicio de tudo, conquistou o respeito dos fãs e da crítica, fazendo o Raven alcançar a fama de melhor "power trio" daquela época, rivalizando simplesmente com o Venom.

Foto: Paulo Márcio
A segunda marcou a estréia por uma gravadora grande (Atlantic Recs), e quase colocou tudo a perder. As criticas foram pesadas, algumas exageradas até demais, mas era claro que o direcionamento musical tinha sido influenciado pela "major", com o som ficando mais leve. O clipe feito para ser veiculado na MTV - assim como todo o álbum "Stay Hard" - não mostrava nem um 1% da energia da banda em seus álbuns anteriores. Uma pena. Isso custou caro para eles.

Mas adivinhem qual das duas quase derrubou o lugar? Sim, todos os fãs cantaram o manjado refrão de "On And On", que ao vivo sempre soou muito mais pesada que a versão do clipe. De longe foi o momento mais legal da noite. Anos depois, ela tem seu lugar garantido entre os clássicos do Raven.

Para o bis, um solo de baixo muito técnico de John, seguido por outro medley dentro da ótima "Breaking The Chain", incluindo pedaços de músicas do Black Sabbath, Judas Priest, Blue Cheer, entre outros.

Com os músicos nitidamente se divertindo tanto quanto a platéia, o show chegou ao seu fim. Uma apresentação segura e recheada de clássicos da carreira dessa importante banda.

Enquanto eu deixava o Clash Club, ouvi dois fãs mais antigos dizendo que faltaram "Hell Patrol" e "Action". Se nem tudo foi perfeito para todos, quem sabe em uma próxima visita. Afinal receber um dos nomes mais significativos da NWOBHM sempre será uma honra para os apreciadores da música pesada - de qualidade e com muita história.

Setlist:

Against The Grain
Take Control
Live At The Inferno
All For One
Breaking You Down
Lambs To The Slaughter
Rock Until You Drop
Mark Gallagher Guitar Solo
Speed Of The Reflex + Run Silent, Run Deep + Mind Over Metal
Bulldozer
Faster Than the Speed of Light
For The Future
On And On
Gimme a Break
Encore:
John Gallagher Bass solo
Break The Chain + Medley + Break The Chain
Crash Bang Wallop

Abraço
Paulo Márcio

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A volta do Iron Maiden: Maiden England Tour

Iniciada a Maiden England Tour! Finalmente na noite deste 22/06 os fãs puderam matar a curiosidade e ver o setlist e a nova estrutura do palco. O palco obviamente lembra o utilizado na época da Seventh Tour. Inclusive tem a aparição de 3 Eddie’s durante o show. Já o setlist veio repleto de clássicos e algumas músicas que há tempos não eram tocadas.

"Seventh Son Of A Seventh Son" obviamente era esperada. "The Prisioner" já havia sido anunciada no video oficial da banda, na véspera do show. Mas a grande e grata surpresa ficou por conta de "Afraid To Shoot Strangers". Será que algum fã imaginou que ela estivesse no setlist ?

Outra surpresa foi a ausência de "Hallowed Be Thy Name", que desde que foi lançada, nunca havía ficado fora de uma tour. Inclusive Nicko chegou a citar em uma entrevista que caso ela ficasse de fora de um setlist, a banda poderia procurar um novo baterista, mas pelo visto as coisas mudaram!

Já alguns fãs queriam morrer quando olham pro setlist e observam que "Fear Of The Dark" está presente! Temos que ser realistas: a versão de estúdio é apenas uma música como qualquer outra, que talvez não justifique nem o nome de um álbum da banda, mas ao vermos videos, como o clipe oficial gravado em Donington 92 e o do Rock In Rio, e ao presenciarmos sua execução nos shows, sabemos porque ela não estará fora de um setlist. Tornou-se um hino da banda!

Outro detalhe importante é o BIS que conta com "Aces High". Uma excelente escolha, uma das melhores músicas já lançadas!

Haverá sempre uma ou outra música que deveria ter entrado no lugar daquela que você já está cansado de ver habitualmente no setlist da banda, mas sejamos realistas, este é um dos setlists mais equilibrados que o Maiden já tocou! Nos resta então esperar por registros dessa tour, bootlegs em áudio e video, uma passagem pelo Brasil e um super video oficial da banda!!!

Setlist:

Moonchild
Can I Play With Madness
The Prisoner
2 Minutes to Midnight
Afraid to Shoot Strangers
The Trooper
The Number of the Beast
Phantom Of The Opera
Run To The Hills
Wasted Years
Seventh Son Of A Seventh Son
The Clairvoyant
Fear Of The Dark
Iron Maiden
Aces High
The Evil That Men
Running Free

Um abraço,
Victor Hugo Mesquita

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pastore - The End Of Our Flames

O tempo de espera para o sucessor do The Price Of Human Sins, valeu a pena! A Pastore conseguiu lançar um álbum superior, mais pesado, com muito mais groove e, como já era de se esperar, linhas vocais extremamente apuradas e diversificadas.

O CD abre com uma sucessão de pancadas do Fábio Buitvidas integrado perfeitamente com o Aléxis Gallucci, os riffs poderosíssimos de Rafael Gazal e o Mario Pastore arregaçando a pesadíssima “Brutal Storm”. Música que me fez lembrar do Primal Fear, principalmente pelo modo que o Mario canta, lembrando bastante ao Ralf Scheepers.

Na sequência outra música pesadona e vigorosa: “The End Of Our Flames”, que ainda me trouxe como referência o Primal Fear, muito mais pelas linhas vocais, do que pela música em si. Música, que, diga-se de passagem, é de extremo bom gosto com bumbo (pedaleiras duplas) e linhas de baixo alucinantes.

“Night and Day”, minha preferida! Musicão no melhor estilo Halford e Judas Priest e que refrão:

“...Night and Day, Night and Day,
Death Is Calling Out My Name...”.

O grande tesão desta música é o pré-solo que o Rafael Gazal executa, arrepiante! Dá vontade de sair batendo cabeça, como um louco desvairado.

“Fools” vem na sequencia e o Aléxis Gallucci, consegue se sobressair e mostrar toda sua técnica criando um groove bastante cativante para que, novamente o Rafael Gazal, passeie e brinque com sua guitarra. Heavy Metal direto, sem firulas!

“Empty World” e “Liar” são as faixas mais normais e, talvez, as mais pesadas deste álbum, porém com um ar mais moderno, pelo menos em minha análise.

A próxima faixa é a “When The Sun Rises”, que “destoa” do resto do álbum por ser mais soturna, possuir um climão setentista, elementos progressivos e linhas vocais bastante diferentes, onde o Mário mostra o quanto sua voz limpa é bonita e melódica. Outra de minhas preferidas!

“Envy” tem uma levada bastante moderna e novamente o Aléxis se destaca, com um solo de baixo muito bacana. “Unreal Messages” trás novamente às referências da voz do Mario ao Ralf Scheepers, porém uma música mais cadenciada e densa do que as do Primal Fear.

“The World Is Falling” e “Bring To Me Peace” fecham a versão nacional. A versão japonesa tem uma faixa bônus, “Hidden Is The Truth”, muito interessante onde parece que tudo foi construído para destacar e mostrar como o Mario Pastore brinca com sua voz.

Interessante é que a Pastore é uma das poucas bandas do Heavy Metal nacional que durante a audição passa uma sensação de que todos os integrantes estão na mesma sintonia, com a mesma vibração, mostrando tudo que possuem de melhor, com naturalidade e simplicidade.


E aqui devo registrar que a banda é composta por Monstros extremamente virtuosos e competentes, basta ouvir o The End Of Our Flames que entrou no meu ranking pessoal para álbum do ano de 2012, é  simplesmente MATADOR²! Se você ainda não ouviu, não tem ideia do que está perdendo.

As faixas deste álbum são:

1. Brutal Storm
2. The End Of Our Flames
3. Night And Day
4. Fools
5. Empty World
6. Liar
7. When The Sun Rises
8. Envy
9. Unreal Messages
10. Bring To Me Peace
11. The World's Falling
12. Hidden Is The Truth (faixa bônus da versão japonesa)

Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Apocalyptica – Carioca Club, 2 de junho de 2012.

Foto: Paulo Márcio.
O ano é 1996, o país a Finlândia e o álbum se chama “Plays Metallica by Four Cellos”, e o nome já diz tudo. Clássicos do Metallica sendo interpretados por... violoncelos. Esse foi o inicio.

Em sua segunda passagem pelo Brasil – a primeira foi em 2005, abrindo para o Megadeth – o Apocalyptica realizou uma apresentação irretocável. Sem dúvida alguma, uma noite perfeita para os fãs que lotaram a casa. Todos certamente ansiosos, afinal a banda esteve agendada para tocar em janeiro deste ano, mas foi cancelada, decepcionando e preocupando muita gente.

 
Pontualmente às 19hs os primeiros acordes de “On the Rooftop With Quasimodo” começam e, um a um, entram no palco Eicca, Paavo, Perttu e o baterista Mikko. Mesmo com a bateria em determinadas partes da música, o som dos ‘celos’ predominam, sendo cativantes, melodiosos, dramáticos, prendendo a atenção de todos os presentes.

Emendam na rápida “2010”, já com a banda em total sintonia com o público. O show prometia, e após a bela “Grace”, o que faltava pra conquistar de vez aqueles fãs mais antigos, chegou com os gritos de:
- “Master... master... “.
 
Foto: Paulo Márcio.
A versão do Apocalyptica para um dos clássicos do grande Metallica quase põe o lugar abaixo. Não acredito que houvesse alguém que lamentasse estar lá, ou mesmo o preço do ingresso.
 
E eles ainda contaram com o ótimo vocalista convidado para essa tour, Tipe Johnson, que interpretou muito bem “End of Me” e “I'm Not Jesus” que foram cantadas pela maioria dos presentes.
 
Parece estranho falar em uma parte acústica no meio de um show que se baseia em violoncelos, mas não para uma banda em que todos os músicos são versáteis e as composições muito distintas.
 
No momento do solo de Perttu Kivilaakso, a música clássica, que é o lugar de origem do violoncelo se fez presente. A platéia alternou gritos e aplausos com o silêncio que a melodia exigia em alguns momentos.
 

Já com todos os músicos de volta ao palco, o som acústico continuou na interpretação de “Sacra” e “Nothing Else Matters” - esta cantada por todos. Foi um dos momentos mais emocionante da noite. O pique é retomado com “Last Hope” e “Life Burns!”, novamente com Tipe no palco e mandando bem nos vocais.
Foto: Paulo Márcio.
Terminam o set tocando “Seek & Destroy” e “Inquisition Symphony”, com os músicos agitando muito e pedindo a participação do público. Nem precisaram fazer muito esforço, pois a resposta foi imediata, principalmente no refrão de “Seek & Destroy”.
 
Antes do bis, agradecem a hospitalidade, relembram com alegria de quando abriram para o Megadeth, mas que estavam bem mais contentes esta noite, pois era um “Full Show”.
 

Tocam de maneira matadora “Refuse/Resist” do Sepultura, e sim, posso garantir a todos que “bangear” ao som de ‘celos’ é possível.
 
Tipe volta ao palco para cantar e se despedir com “I Don't Care”, e fechar em grande estilo com a participação de toda a platéia, detonam “Enter Sandman”(nem preciso dizer como foi) e “Hall of the Mountain King”. Grandioso. Sabe aqueles shows que você percebe que a banda esta tão contente quanto os fãs? Esse foi um deles.

Música clássica confrontada com os tradicionais Thrash/Speed, ‘celos’ e bateria, aliados ao carisma e principalmente talento musical dos integrantes. Receita bem diferente da que todos nós estamos acostumados em um show de música pesada,

 
Foto: Paulo Márcio.
Diferença que fez o Apocalyptica se destacar em 1996, com um álbum de ‘covers’ todo dedicado ao Metallica. E diferença que continua até hoje, pois a banda soube crescer com o passar do tempo, incorporando novos elementos (bateria e pouco depois, vocais), criando suas próprias composições, mas mantendo a essência original, o algo mais que a faz tão especial: os violoncelos.
 
Ora clássicos, ora extremamente pesados, esse instrumento tão diferente tornou o Apocalyptica único e pioneiro. Os amantes da boa música e do som pesado agradecem.

Setlist:


On the Rooftop With Quasimodo

2010
Grace
Master of Puppets
End of Me
I'm Not Jesus
Quutamo
Psalm 1
Sacra
Nothing Else Matters
Last Hope
Life Burns!
Seek & Destroy
Inquisition Symphony
Encore:
Refuse/Resist
I Don't Care
Enter Sandman
Hall of the Mountain King

Abraço

Paulo Márcio

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Unisonic - Unisonic

Já falamos aqui sobre o EP do Unisonic, o Ignition. E foi assim que recomeçou a história do Senhor Michael Kiske realmente cantando em uma banda de Heavy Metal, após a sua saída do Helloween em 1994. Como eu disse na resenha do Ignition, é uma sensação estranha escutar esses dois monstros do passado tocando juntos novamente e mais estranho ainda é ouvir um Michael Kiske mais... contido eu diria.

Diferente do Ignition, neste álbum, o Unisonic, e um CD completo com 11 faixas, pelas quais Kiske desfila toda a sua excelente voz, em composições inéditas, com um clima "para cima". Já vou matando logo a curiosidade de qual será a minha cotação para esse CD, que eu o coloco apenas na categoria de CDs Bacanas, o que é muito pouco para um retorno de um vocalista monstro, em conjunto com um guitarrista que é um ícone do Heavy Metal mundial atual.

Como duas lendas fazem um CD Bacana? Quais as minhas razões para cotá-lo apenas como Bacana? Bom eu explico, não há duetos entre Kiske e Hansen, Hansen faz apenas vocais de apoio em algumas faixas, porque? Não sei. Falta "aquela" música, "aquele" refrão que te faz sair da cadeira, "aquela" passagem que te faz berrar a letra a plenos pulmões, "aquela" levada de guitarra que te faz bater a cabeça como louco, enfim falta entusiasmo. Não estou dizendo que é um CD ruim, mas para duas lendas do Heavy Metal, é muito, muito, muito pouco mesmo.

Destaco a sétima e oitava faixas, "Renegade" e "My Sanctuary" respectivamente, como os pontos altos do CD, muito embora em "King for a Day", haja vocais sobrepostos de Kiske e Hansen, mas não era a isso que me referia quando disse que gostaria de ver um dueto, seria interessante ouvir (e por que não ver ao vivo?) os dois dividindo estrofes, refrões, pontes, se revesando com suas vozes tão características e distintas.

Sei que serei crucificado por todos os fãs de Michael Kiske, Helloween, Kai Hansen e Gamma Ray juntos, mas o que posso fazer se foi isso que senti ao escutar o álbum? Como disse antes, me decepcionei com esse CD. Provavelmente foi minha culpa, pois achei que duas lendas entregariam muito mais do que um CD Bacana, imaginei que escutaria uma mistura de "Land of the Free" com os "Keeper of the seven Keys", mas o que realmente fizeram foi uma mistura de "Pink Bubbles go Ape" (ou "Chameleon" para quem preferir) com "Somewhere Out in Space" (pela inexpressividade que este CD teve - novamente na minha opinião é claro).

Não acredito que valha nem pela volta do Kiske, nem pela união de duas lendas num mesmo álbum, pois o Avantasia do Tobias Sammet já fez isso de uma forma majestosa. Não tenho como recomendar esse CD para quem é fã das bandas de origem dessas duas lendárias figuras do Heavy Metal.

Segue a sequência das faixas do CD:

01. Unisonic
02. Souls Alive
03. Never Too Late
04. I've Tried
05. Star Rider
06. Never Change Me
07. Renegade
08. My Sanctuary
09. King for a Day
10. We Rise
11. No One Ever Sees Me

Divirtam-se (se não se decepcionarem assim como eu)
Mauro B. Fonseca

terça-feira, 5 de junho de 2012

Phantom - Cyberchrist

Em novembro de 2006 publicamos no blog antigo sobre essa banda (veja aqui) como uma banda que nunca teve o merecido reconhecimento, mas vamos falar específicamente sobre esse CD. Já que abrimos as portas para álbuns injustiçados que teve na primeira postagem o "Ample Destruction" do Jag Panzer e depois o "Metal Church" do Metal Church.

Lançado originalmente em 1993, o CD contava com um dos vocalistas mais competentes que eu já ouvi, "Falcon" Eddie Green, era acompanhado por Charley Buckland no baixo, Tony Borsellega na bateria e Fate Taylor nas guitarras, e é uma aula de Power/Speed Metal, do início ao fim.

Vamos lembrar que em 1993 era o início da era grunge, que muita gente estava apostando as fichas nesse estilo que misturava o punk, o rock e o metal (confesso ter sido fisgado por algumas músicas do Soundgarden e por um álbum do Pearl Jam), então era de se esperar que uma banda com um som diferente se sobressaisse das demais. Infelizmente não foi o caso.

Logo de cara já é possível se ter uma ideia do poder da banda, a começar pelos agudíssimos alcançados pelo vocal de "Falcon" Eddie, acompanhados por guitarras que lhe farão com certeza "bater cabeça" como um louco.


A energia do CD se mantém do começo ao fim, não há músicas "ruins" ou "menos boas", é aquele tipo de CD que a banda se esmera até o último detalhe para que fique à beira da perfeição, e que neste caso deu extremamente certo.

Não consigo escolher apenas algumas músicas deste CD para destaque, o CD todo é muito bom. Tão bom que eu o classifico como um Clássico, mesmo que não tenha tido todo o reconhecimento que merece. Recomendadíssimo.

No canal do True Metal Brazil no youtube é possível escutar o CD na integra, deixo aqui o link para a lista de reprodução para aqueles que gostam de música de qualidade.

Segue a lista de faixas do CD:

1. Well of Souls
2. Six Feet Under
3. Big Daddy
4. Cyberchrist
5. Graveyard Shift
6. Psycho Zoo
7. Queen of the Damned
8. Blind Man's Sight
9. Alive and Well
10. Preying With the Mantis
11. Last Man Standing
12. Say Your Prayer


Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

sábado, 2 de junho de 2012

Dave Mustaine está sentindo dificulade para cantar por conta de cirurgia

Matéria retirada do site da Kiss FM, que por sua vez retirou do site Whiplash, o link para a página da rádio está logo abaixo da matéria.

Informem-se
Equipe True Metal Brazil

Em setembro do ano passado, o frontman do Megadeth, Dave Mustaine, se submeteu a uma cirurgia de estenose, que afetou seu pescoço e a coluna vertebral, e ele diz que isto foi causado por vários anos batendo cabeça.
 
No início deste mês, a Artisan News falou com Mustaine e perguntou a ele sobre como ele se sentia oito meses após a cirurgia. "É bom", disse ele. "Antes disso, era horrível. Mas eu acho que foi mais doloroso em ver o que as pessoas diziam. Diziam que eu não estava realmente machucado, que eu estava fingindo. Eu estava ferido. E quando eles tiraram aquele pequeno osso do meu pescoço... eu poderia ter até uma hérnia de disco, mas quando eles encontram pedaços de ossos na medula espinhal, descobriram a causa das dores. Mas eu não ia deixar isso me afetar ou me impedir de subir no palco e tocar. Eu provavelmente me machuquei ainda mais agindo dessa forma, mas, você sabe... eu não sei se sou teimoso demais ou algo assim, mas eu aprendi que o show deve continuar, mas cheguei a um ponto onde eu tive de ser hospitalizado. Tem coisa mais rock 'n' roll do que isso (risos)".
 
Ele acrescentou: "Sinto algumas dores de vez em quando, se eu me mover errado, mas estou completamente curado. E eu não tenho nenhum medo. Eu fico um pouco apreensivo quando eu vou subir no palco, pois começo a ficar muito agitado".
 
Quanto à sua performance no palco, Mustaine conta o que mudou com essas condições: "Tem um movimento que eu costumava fazer, eu costumava sempre movimentar minha cabeça para trás... Não era como se eu estivesse fazendo um movimento de dança ou algo coreografado. Era apenas uma forma de expressão e acho que isso é provavelmente uma das posições em que eu me machuquei, porque era um movimento de retificação".
 
Apesar de Mustaine estar totalmente recuperado de sua cirurgia, ele admite que tocar ao vivo tornou-se mais difícil após o procedimento. "Após a cirurgia, ficou mais difícil de cantar", disse ele. "Eles disseram que isso iria acontecer. Cantar não é o meu forte. Eu tento fazer o meu melhor, mas eu não sou um grande vocalista, e como eu disse, eles me disseram que ia ficar mais difícil, mas eu não acreditei neles. Então agora eu estou lidando com isso. Quando eu vou tocar, eu olho para os fãs e eu penso, 'Bem, deve ter alguém que já me viu umas 20 vezes'. Mas e a pessoa que está nos vendo pela primeira vez?"

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