quarta-feira, 25 de abril de 2012

Paraíso perdido...


Há um tempo atrás li em algum canto da internet, a respeito de um documentário produzido pela HBO, respeitada rede de televisão americana, sobre o preconceito contra Headbangers, Metalheads, Metaleiros ou seja lá como quiserem chamar, que estava concorrendo ao Oscar de melhor documentário de 2012.

A princípio achei que era mais um desses documentários sobre as "tribos urbanas", muito comuns desde a década de 90. Sem muito esforço procurei pelo documentário, não encontrando para vender (com legendas em português, que fique claro), não me preocupei, pois já vi inúmeras reportagens e documentários sobre o tema, poderia citar aqui os nomes, mas não é o foco desta publicação.

Durante as minhas buscas encontrei uma referência ao documentário da HBO, mas com um conteúdo que me deixou de cabelos em pé, era sobre a prisão, julgamento e condenação (isso mesmo encarceramento) de três jovens acusados de terem assassinado três garotos de 8 anos. E havia a menção do estilo Heavy Metal no meio da referência. O desastre associado ao estilo musical que amo, com certeza chamou minha atenção.

Comecei uma busca mais séria para comprar (legendado) o documentário da HBO. Não encontrei. Então apelei para os caminhos digitais da internet para baixar o documentário, busca árdua também. Parece que ninguém quer disponibilizar documentários, nem os próprios produtores para venda (uma vez que descobri que o documentário será lançado em outubro de 2012 aqui no Brasil), nem a “comunidade do tudo livre” da internet (parece que “conteúdo inteligente” não gera acessos).

Quando já estava quase desistindo, estava pensando em comprar o documentário sem legendas mesmo, achei uma referência a um site que talvez disponibilizasse o documentário legendado. Não, ainda não tinha sido desta vez, mas achei o documentário sem as legendas e por via das dúvidas baixei para assistir.

O documentário a que me refiro aqui se chama “Paradise Lost 3 - Purgatory” (imagine a confusão durante as buscas com a banda homônima!), o detalhe é que este é o terceiro da série, ou seja, existiam mais dois documentários que eu não sabia do que tratavam, mas sempre havia menção ao meu querido e amado Heavy Metal, eu tinha que ver os outros dois também. Esta terceira parte concorreu ao Oscar de melhor documentário de 2012 (para quem se interessa por isso pode encontrar aqui a lista completa dos ganhadores, o documentário não ganhou o Oscar, porque será?).

Como já havia baixado o terceiro, fui à caça das legendas, sem resultados. Não podia deixar de assistir o documentário apenas por não encontrar as legendas e já estava gastando um tempo precioso em busca dos dois primeiros documentários e das legendas para os 3 filmes.

Decidi assistir ao documentário sem as legendas mesmo. Em um dia que estava só em casa, coloquei o “avi” para rodar no meu computador e me preparei para decifrar o que havia em comum entre assassinatos e Heavy Metal.

Comecei a assistir o documentário pela terceira parte, que é justamente a parte final da série, então percebendo que não poderia fazer uma resenha decente se não prestasse atenção na cronologia dos documentários, desliguei o reprodutor e decidi que veria os três filmes na sequência correta.

Foi o que fiz baixei as três partes do documentário e em um dia sossegado em casa assisti a sequência completa de documentários da HBO.

Comecei por “Paradise Lost - The Child Murders at Robin Hood Hills”, de 1996, com 150 minutos de duração. Em seguida assisti “Paradise Lost 2 - Revelations”, de 2000, com 130 minutos de duração, que você pode assistir na integra (sem legendas e com som original) as partes 1 e 2, aqui. Para finalizar voltei para assistir a parte final, “Paradise Lost 3 - Purgatory”, de 2012, com 120 minutos de duração.

Vamos ao conteúdo dos documentários, os 3 filmes tratam da prisão, “julgamento” e da condenação de três jovens acusados de assassinarem três garotos de 8 anos em um ritual satânico (percebeu onde entra o Heavy Metal na história?).

O assassinato ocorreu em 1993, em uma daquelas cidades “caipiras” e ultraconservadoras dos EUA, a base da condenação é toda circunstancial, sem evidências sólidas, e em cima do preconceito idiota de que todo cara que se veste de preto e ouve Heavy Metal só pode praticar rituais satânicos matando os filhos alheios.

Em um “julgamento justo”, em 1996, dois deles são condenados a prisão perpétua e outro à morte (lembre-se que nos EUA, os caras realmente ficam a vida toda na cadeia e realmente são executados), mas uma equipe de diretores da HBO (não por coincidência, a mesma dupla de diretores que fez o idiomático “Some Kind of Monster” do Metallica, Joe Berlinger e Bruce Sinofsky) resolveu realizar um documentário que mostrasse o julgamento, tamanha repercussão que o caso teve nos EUA, também não foi por coincidência que a trilha sonora é de ninguém menos que do Metallica.

Mais tarde, em 2000, a mesma equipe da HBO, percebendo que alguma coisa estava “meio” errada decide documentar algumas das apelações dos acusados e decide ir ao fundo das investigações do caso. Algumas revelações são dadas sobre o caso, daí o nome do segundo episódio.

A parte conclusiva desta história toda é estruturada de uma forma que o telespectador não precise assistir aos outros dois filmes (eu sei sou chato mesmo), ela faz um apanhado geral do que ocorreu durante os quase 20 anos do caso.

Pesquisando na internet eu também li muita coisa de pessoas dizendo que o documentário nem deveria ter sido indicado ao Oscar, pois é sobre um caso muito particular e não muda nada na vida das pessoas, mas foi justamente esse tipo de pensamento que colocou os três na cadeia por quase 20 anos, “eu não quero saber do que acontece com o outro, pois o MEU umbigo está alimentado, quentinho e seco”.

Para essas pessoas que acham que esse documentário não muda em nada a vida deles, vale lembrar que os Estados Unidos da América é um "país livre", assim como "também é" o nosso amado Brasil.

Casos como este podem e devem ocorrer todos os dias por esse mundo afora, provavelmente não por causa do preconceito com o Heavy Metal, mas por puro preconceito de algo contra alguém. Imagine-se na prisão por quase 20 anos simplesmente por que você é pobre! Cheguei perto da sua realidade agora? Em uma das propagandas sobre a "Hot Line" do fundo para libertação dos 3 acusados, o cartaz dizia “Information is freedom” (Informação é liberdade), o cartaz pedia dica para encontrar provas para livrar os acusados, mas para você a informação sempre te libertará dos seus preconceitos.

Se você chegou até este ponto da leitura terei que pedir que, caso tenha a intenção de ver o documentário e não quer saber o final desta história macabra antecipadamente, pare de ler, assista o documentário e depois volte neste ponto e termine a leitura.

Parou de ler? Caso continuou a ler, significa que não se importa em conhecer o final da história antecipadamente, mesmo que tenha a intenção de assistir ao documentário. Eu não gosto de fazer resenhas de filmes e livros, pois quase nunca posso contar o final da história, mas neste caso devo fazer uma exceção, uma vez que o final é o que vai redimir 20 anos de sofrimento para esses três injustiçados.

Ao final do documentário que teve sua estréia adiada em 4 meses para a inclusão das imagens da libertação dos, já não tão jovens, acusados após uma confissão de que eram culpados dos crimes. Opa! Espera aí. Não provaram durante o documentário que eles eram inocentes? Sim. Porque a confissão então? Era a única forma de fazer com que saíssem da prisão sem gerar mais um processo que eles poderiam perder novamente. Puta que pariu! Inocentes poderiam perder um segundo processo para provar a própria inocência!

Viu só como informação te liberta dos seus preconceitos, neste caso, os culpados na verdade sempre foram inocentes. Os jovens de preto e que escutavam Heavy Metal não eram satanistas afinal, mas quem iria culpá-los se após todos esses fatos passassem a adorar satã,
já que foram os “servos de deus” quem os fizeram viver um verdadeiro inferno, não é mesmo?

Libertem-se!!!
Mauro B. Fonseca

terça-feira, 24 de abril de 2012

Running Wild - Shadowmaker

Quando soube que o Running Wild encerraria suas atividades, fiquei muito triste, pois essa é uma banda que gosto bastante e gostaria de ter o prazer de ver ao vivo. Não me recordo exatamente onde eu li ou vi a notícia do fim do Running Wild, mas deixo a declaração do próprio Rock 'n' Rolf (em inglês) para vocês lerem.

Há uma semana atrás, fiquei sabendo que Rock 'n' Rolf e sua trupe haviam lançado um novo CD, fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz. Não pude me conter e baixei o CD, que foi de extrema facilidade de ser encontrado diga-se de passagem, adicionei ao "playlist" do iTunes e agora era hora de ouvir.

Que sensação deliciosa ouvir a voz do Rock 'n' Rolf e os timbres da sua guitarra, características marcantes da banda, em músicas inéditas. Demais! Me senti um adolescente ouvindo Running Wild pela primeira vez. Cada nova faixa que começa, aumenta a vontade de sair cantando, bangueando e tocando uma "air guitar" pela casa.

Impressionante como algumas bandas fazem uma linha musical do começo ao fim de suas carreiras, e conseguem cativar fãs sem inovar praticamente nada em seus álbuns, o Running Wild é uma destas bandas. E isso não é dito aqui de forma pejorativa, muito pelo contrário.

Estão presentes neste CD os vocais "rasgados" e as guitarras "cavalgadas" e "sustentadas" do Rock 'n' Rolf, além do timbre característicos dos solos, inclusive com um ou outro solo terminando com a característica nota aguda em "fade out", mas mesmo assim continua sendo um CD original.

Durante a escrita desta resenha fui procurar os créditos e as letras do CD, fui ao local mais óbvio que pude pensar, o site oficial da banda, onde descobri as letras e também uma outra informação, de que o CD só seria lançado dia 20/04/2012.

Encontrei também duas versões especiais deste CD, que se tudo der certo logo, logo terei a minha. Para quem quer babar um pouco veja isso, isso e isso.

Se você é fã e já conhece Running Wild, não espere nada de extremamente inovador, muito pelo contrário espere um álbum de um típico Heavy Metal "quebra-pescoço" do Running Wild, que é o que encontrará neste CD.

É um CD honesto, honestíssimo eu diria. Recomendo até para quem não é fã da banda, pode começar a ouvir Running Wild por este CD, não acredito que ficará só neste.
 
Seguem as músicas do CD:


01. Piece Of The Action
02.
Riding On The Tide
03.
I Am Who I Am
04.
Black Shadow
05.
Locomotive
06.
Me & The Boys
07.
Shadowmaker
08.
Sailing Fire
09.
Into The Black
10.
Dracula

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

segunda-feira, 23 de abril de 2012

M.O.A.: Metal Open Air ou Muita Orelhada Aconteceu? O que fizeram com o nosso Heavy Metal?

Não poderíamos deixar de nos pronunciar sobre o que aconteceu, ou melhor, não aconteceu no Metal Open Air; e é com grande pesar que fazemos isso.
 
Quando anunciaram, no ano passado, que haveria um festival do porte de um Wacken Open Air (festival que ocorre anualmente na Alemanha, nos últimos 22 anos), ficamos muito felizes pelo simples fato de que este festival poderia colocar o Brasil na rota dos grandes shows, mostrando para o mundo que no Brasil também é possível se fazer eventos de grande porte e com qualidade. Infelizmente devido aos nossos trabalhos não cogitamos a possibilidade de irmos até São Luis - MA, mas ficamos na torcida pelo sucesso, principalmente porque a produção do evento estava nas mãos de uma produtora que vinha em franco crescimento, a Negri Concerts.
 
Infelizmente o que vimos foi justamente o contrário daquilo que sonhamos e torcemos, foi um desastre Homérico de proporções internacionais.
 
Todos já devem ter lido inúmeros comentários, publicações, mensagens e postagens de redes sociais, declarações das bandas e pessoas envolvidas e até mesmo publicações da grande mídia, portanto esta publicação não será nenhuma novidade, apenas um desabafo de dois quarentões apaixonados por Heavy Metal.
 
Assim sendo, não esperem ler nada de cunho jornalístico, em que a imparcialidade impera. Aqui, neste momento, impera a paixão pelo Heavy Metal, o desejo por um cenário mais coeso, profissional, sincero e sem hipocrisias.
 
Iniciamos dizendo que lamentamos muito que este fato tenha ocorrido, de verdade!
 
Lamentamos principalmente por ver o nome do Brasil jogado ainda mais na merda (já não bastava a política, o judiciário, e todo o cenário do Brasil?), desta feita por produtores no mínimo irresponsáveis (para não utilizarmos todos os termos ou linhas de pensamento que já consideramos)!
 
Por que irresponsáveis? Justifico! A Negri Concerts e a Lamparina Produções, não são empresas amadoras, estão no mercado há anos e já trabalharam com shows anteriormente, por exemplo: Saxon, Blind Guardian, W.A.S.P., Therion, Gamma Ray, Grave Digger, UDO, Accept, Scorpions, Primal Fear, entre outras bandas. Portanto, conhecem bem a lógica e logística para realização destes eventos, sabem que as bandas são empresas subcontratadas, portanto precisam de condições para que realizem e desempenhem sua tarefa, dentre elas: vistos de trabalho (para as bandas internacionais), reserva de passagens de ida e volta, reserva de estadia, alimentação, cachês, etc. Afinal, se a produtora precisa de condições mínimas para ganhar, as bandas também precisam. A mesma lógica vale para todos os subcontratados (som, iluminação, segurança, etc.)
 
A brincadeira e irresponsabilidade destas produtoras prejudicou e humilhou diversas bandas nacionais "pequenas", que vislumbravam no MOA uma oportunidade de realizar seus sonhos de viver de música. Prejudicou bandas nacionais grandes, que investem pesado para continuar trabalhando, o Hangar, por exemplo. Aqui abro um parêntese. Parabéns Aquiles por não ter medo de mostrar o profissional que você e o Hangar são.  E aqui falamos com conhecimento, porque conhecemos a banda em um show pequeno em Bebedouro, que corrobora com tudo que o Aquiles falou. Os caras vão em seu ônibus, levam seus profissionais, seus equipamentos e fazem um baita show, em um clubezinho com o mesmo tesão de estarem em um estádio lotado!
 
Se estas produtoras de merda, tivessem trabalhado de verdade, teriam visto que as parcerias (aliás, tinham parcerias?) e a venda de ingressos não era suficiente para arcar com tudo que programaram. Será que programaram? Se tivessem feito a lição de casa, teriam feito cortes com antecedência, afinal de contas uma empresa não caga dinheiro, assim como dinheiro não cai do céu. Algum maldito FDP, de uma das duas produtoras, sabia que o que deveria ter sido feito, não estava sendo feito. É impossível que só no dia do evento se deram conta de que não haviam reservas de voos, de hotéis, que os cachês não haviam sido pagos, etc.
 
Para aumentar ainda mais nossa revolta, a maldita mídia que NUNCA deu o devido respeito ao Heavy Metal começou a noticiar o fato, e em algumas delas a pessoa ou grupo que escreveu a matéria nem assina a reportagem. Não somos contra a imprensa livre, nem nada do tipo, mas a pergunta que nos vêm à cabeça é: Por que sempre noticiam as coisas que dão errado, com relação ao Heavy Metal? De quem é o interesse que o Heavy Metal tenha sua imagem denegrida para pela população em geral?
 
Graças a essa "grande mídia" (de merda) que repentinamente achou interessante o assunto Heavy Metal, o Brasil ficou realmente em evidência, mas no pior sentido possível; vamos sentar e aguardar para ver se estes mesmos veículos de informação se prontificarão a noticiar os atrasos e superfaturamentos das obras da copa do Brasil.
 
Teorias da conspiração a parte, vamos para outra situação que nos deixou com grande sentimento de pesar (coloco pesar, pois é como se nosso amado Heavy Metal tivesse realmente falecido, tamanho sentimento de desilusão causado), foi o fato de termos lido nas redes sociais, blogs, twitter entre outros, o fato de que bandas que tocam e vivem para tocar esse estilo de música, produtores de shows de Heavy Metal, colaboradores de sites especializados em Heavy Metal e fãs (pessoas que se dizem amantes do estilo) quase festejando a desgraça do Metal Open Air. Como assim festejando uma desgraça dessas? Estão festejando porque queriam fazer o festival e não puderam? Não deveriam estar tristes por ver notícias tão tristes, uma atrás da outra, do estilo musical que dizem que gostam?
 
O que nos irrita ainda mais é a hipocrisia do Edu Falaschi. Cara, pelo Amor de Deus, some da face da terra ou cala a boca! Uma hora você manda todo mundo chupar p*u porque não teve o público que gostaria que tivesse em seu show, dizendo que ninguém apoia o Heavy Metal Nacional. Depois de um tempo, porque teve todas as condições contratuais cumpridas e teve uma plateia bacana, elogia o bando de calhordas e irresponsáveis que lesaram mais de 20 bandas, entre nacionais e internacionais, e milhares de fãs de todo o Brasil e do Exterior. Quem chupa p*u de quem? É assim que se apoia a cena Heavy Metal?
 
Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, a impressão que temos é que o Edu Falaschi está levando uma imagem muito ruim para uma grande banda nacional. Além do que o Rafael canta muito mais do que ele.

Parabéns ao Korzus, pela coerência (não podia esperar nada diferente de vocês: Pompeu, Dick e Heros) nas ações e atitudes, pois somos fãs e os acompanhamos desde 1985. Realizaram o show, cumprindo sua parte do contrato, mas declararam e explicitaram para todo o público a insatisfação, o caos e a desorganização da produção.

Para o restante da sociedade deixamos um pensamento final: Imaginem se isso fosse um evento de funk, axé, forró, samba, pop, etc.? O que teria acontecido com os organizadores, com a polícia local, com as pessoas envolvidas e com a cidade?
 
E nós é que somos sempre chamados de violentos, encrenqueiros, bêbados, drogados, sem respeito às leis, arrogantes... Estamos saindo calma e tranquilamente de uma situação propícia para ocorrerem todos os adjetivos acima, para buscarmos alternativas legais para a nossa insatisfação.

Abraço
Muito Obrigado
Equipe True Metal Brazil
 
PS: Íamos colocar no corpo da postagem alguns links para matérias sobre o que ocorreu no evento, mas percebemos que só estaríamos dando audiência para as mídias de merda que nunca quiseram ter nada a ver com o Heavy Metal, portanto abandonamos a ideia.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Roger Waters - The Wall

Os dias de espera finalmente haviam chegado ao fim. Foi um longo tempo desde novembro, quando comprei os ingressos e o dia primeiro de abril, quando finalmente Roger Waters iria tocar ao vivo, pela primeira vez em solo paulista a sua ópera Rock, The Wall.
 
Na realidade foram anos de espera até esta data. Lembro-me de um primo assistindo ao The Wall, nos idos de 1985/86 e eu sentar para assistir àquela loucura com ele. Fiquei absolutamente hipnotizado pelos desenhos sombrios, pela mensagem anti-guerra e, obviamente pelo quebra-quebra da escola durante “Another Brick in the Wall – Part 2”. Vi o filme até o fim sem entender direito tudo aquilo, mas gostando do que via.

Lembro-me também que naquele ano aluguei o tal do The Wall para assistir desde o começo. Assisti-o algumas outras vezes e as coisas começaram fazer sentido em minha cabecinha pré-adolescente. Pedi o álbum duplo de vinil no amigo-secreto da escola e pronto, estava cercado pelo muro Pink Floyd para o resto da vida. Não é exagero dizer que esse álbum influenciou não só meus conceitos e gostos musicais, mas também valores que começavam a ser formados a partir daquela época. Imaginem, então a expectativa para o show do fim de semana passado.
 
Cercado de grandes Amigos-irmãos e de minha esposa, por volta das 16h entramos para tomar nossos lugares na pista montada no estádio do Morumbi. Alguns detalhes já indicavam o que estaríamos por presenciar dali algumas horas: uma réplica de um avião nazista discretamente pendurado sob a estrutura dos holofotes do estádio ligado por um cabo de aço que ia em direção direta e sem escalas ao lado direito do imenso palco, que acomodava sobre seu centro um círculo-tela, característico dos shows do Waters/Floyd.

Uma “parede” que atravessava de um lado ao outro o estádio, nos moldes daquela estampada na capa do álbum The Wall, montada à frente do palco, porém, com uma abertura em sua porção central que possibilitava enxergar todo o palco e os instrumentos e algumas partes visíveis, do que pareciam ser infláveis, ainda inanimados e murchos aguardando a hora exata de entrarem em cena.
 
Muita conversa, cerveja cara, porém gelada e os banheiros químicos ainda limpos nos ajudaram a vencer a ansiedade em ver o show que começaria (para a nossa surpresa e experiência em shows de britânicos) com quinze minutos de atraso. Mas começou. E começou em alto estilo, com Waters vestido de ditador, com óculos Ray-Ban e jaqueta militar em meio a bandeiras portadas por “militares uniformizados”. E tão forte quanto batiam nossos corações eram intensos os efeitos especiais já na primeira música (a abertura da ópera “In the Flesh?”) que termina justamente com a queda e explosão (real) do avião que vimos pendurado no início do show em meio a um bombardeio e artilharia antiaérea que ouvíamos por todos os lados do estádio, num surround impecável. As projeções na parede impressionavam pela nitidez e qualidade das imagens a ponto de nos confundir se o que estava projetado não era mesmo real!
 
A segunda música, “The Thin Ice” dá o tom do que seria o restante do show em termos da mensagem a ser passada: logo no começo, no círculo-tela uma foto antiga de um militar, sendo substituída em fade-out por uma ficha contendo o nome do militar (EF, Waters, pai do cantor), a data e local de seu nascimento e data e local de sua morte. Até o fim dessa música seguem outras tantas fotos e fichas, não apenas de militares mortos na segunda guerra, mas em guerras recentes também, atualizando e mantendo o argumento trazido pelo The Wall mais-do-que-vivo.
 
A altíssima qualidade sonora já era esperada, mas confesso que Roger Waters, aos 68 anos impressionou nos vocais, tanto nas músicas de tons mais baixos, como “Mother”, cantada e tocada em parceria com ele próprio, porém, no início da década de 80, como em músicas com o tom bem mais alto como “Bring the Boys Back Home” ou variadas, como “The Trial”. Nada deixou a desejar também o cantor que substitui a voz de David Gilmour: vocal afinadíssimo e excelente (confesso que estava com medo de ouvir um coral de vozes nessas partes das músicas).
 
Na mesma linhagem a banda toda e o instrumental, fidelíssimos ao disco gravado em estúdio.
 
As imagens, porém, merecem um capítulo a parte. Pra começo de conversa a parede, que ao início do show era incompleta na porção central, vai, ao longo do show, sendo montada, tijolo por tijolo, até se fechar por completo – e esconder palco e banda - logo após a última nota da música “Good Bye Cruel World”, que encerra o “primeiro ato” do show (e o lado B do primeiro disco, ou o primeiro CD, do álbum duplo).

As imagens projetadas não impressionam somente pela nitidez ou realidade, mas pelo conteúdo que trazem. Muitas são as mesmas do filme, como no caso das duas “flores” que dançam, se entrelaçam e se canibalizam no início da faixa “Empty Spaces”. Outras são novas, como os bombardeiros que lançam sobre cidades “bombas” simbolizadas por cruzes (cristãs), estrelas de David (judaicas), a lua crescente com a estrela (islamismo), a concha da Shell, o “M” do Macdonalds e a estrela de três pontas da Mercedes-Benz.

Há também vídeos reais, como o da menina, que expressa de maneira contagiante, toda a emoção ao ser surpreendida na sala de aula pela visita de seu pai que acaba de retornar da guerra, durante a música “Bring the Boys Back Home”, ou o terrível assassinato de civis muçulmanos que são confundidos com terroristas (ou militares). Há também frases de efeito que mexem com o público: durante a música “Mother” há uma frase que diz: “mother should I trust in the government” logo que ela é cantada aparece escrito na parede “NEM”... e logo em seguida “FUDENDO” (sic.). O público vem ao delírio.
 
Vem ao delírio, vai às lágrimas, grita, vibra, fica calado em certas horas, canta a plenos pulmões. Os bonecos infláveis aparecem rapidamente durante o show, mas marcam presença: o professor, a ex-esposa e a mãe, são imensos (têm 10 e 11 metros de altura) e muito fiéis aos desenhos do filme. O porco preto e com enormes presas brancas que sai voando do lado esquerdo do palco durante a música “Run Like Hell”, traz frases de ordem e protestos como: “O novo código florestal vai matar o Brasil”.

Classificar o espetáculo de Waters, que tive o prazer presenciar nas duas apresentações em São Paulo, como um show de rock é diminuí-lo. Essa versão de The Wall é muito mais que isso: é uma ópera, um concerto, um espetáculo, uma encenação. É arte expressa em música e tecnologia. É superação de conceitos e extravasão de expectativas, para meninos de 12 ou de 40 anos de idade.


Abraços
Fabio Samori

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sodom - Carioca Club, São Paulo, Brasil 7 de abril de 2012.

Foto: Paulo Márcio
Os fãs e apreciadores do bom metal estão vivendo um momento muito especial. Nunca tivemos uma quantidade - e o principal com qualidade - tão grande de shows de bandas gringas e nacionais como nesse primeiro semestre de 2012. De Hard a Death, de Classic a Thrash, pra todos os gostos e bolsos, pois os preços estão cada vez mais fora da realidade.

Mas vamos ao que importa. O show, na capital paulistana, fez parte do festival Warriors of Metal, que além do grande Sodom, contou com as bandas brasileiras Red Front e Machinage.

Particularmente gosto do Carioca Club, muito bem localizado, além de oferecer uma boa estrutura para os músicos e ser um lugar com um palco alto que facilita a visão para o público. O que muita gente reclama é que os shows lá terminam mais cedo do que em outras casas – o que realmente acontece, devido ao conflito de estilos musicais que a casa abriga numa mesma noite.

Foto: Paulo Márcio
Por esse motivo, além de outro compromisso na parte da tarde, não consegui chegar a tempo de ver os shows das bandas brasileiras. Cheguei ao local exatamente no momento que o Red Front se despedia, por volta da 18:45.

Mais e mais pessoas iam chegando o que me deixou surpreso, pois não esperava ver o Carioca tão cheio – como disse antes, muitos shows ao mesmo tempo dentro de um curto espaço de dias e os preços dos ingressos nas alturas.

Por volta das 19:35 o Sodom entra em grande estilo detonado o thrash "In War and Pieces", música do excelente álbum de mesmo nome laçado em 2010.

Tom Angelripper (vocal/baixo), Bernemann (guitarra) e Markus Freiwald (bateria) não decepcionaram ninguém. O som estava alto mas não embolava, e isso colaborou com o ótimo setlist, que deu uma geral na carreira na banda do Tom. Ele por sinal, carismático, agradecia a platéia que contava com uma grande legião de fãs do Sodom.

Foto: Paulo Márcio
Seguiram "Sodomy and Lust", "M-16", "Outbreak of Evil" (Dos primórdios, que agitou o lugar) foi um belo cartão de vistas do mais novo membro do trio. O bateirista Markus que judiou dos bumbos fazendo o lugar tremer.

"Surfin' Bird" é uma cover que eu não gosto muito, mas logo na sequencia veio a magnífica "The Saw is the Law", que possui um refrão fácil, que tenho certeza, foi cantado com entusiasmo até por quem não conhecia a musica.

"Iron Fist" que era esperada mais pro final, foi muito bem ‘coverizada’ (Sic) e recebida por todos. Ninguém ficava parado ou indiferente. Sensacional.

Apesar de estar bem cheia e muito quente, rodas foram abertas na pista, principalmente nas musicas mais antigas como a clássica "Blasphemer" do clássico e histórico EP "In the Sign of Evil".

Foto: Paulo Márcio
"Napalm in the Morning" que em boa parte foi cantada pelo fãs e "Agent Orange" (minha predileta da fase mais Thrash da banda) encerram o show. Tudo muito simples, só som muito alto, músicas matadoras, músicos carismáticos e um entrosamento que faz esse power-trio soar como uma avalanche sonora.

Quase nenhuma demora e eles retornam para o bis como a fantástica "Remember the Fallen" e encerram em grande estilo com esperada "Bombenhagel" por volta das 21:00.

Saldo pra lá de positivo, apesar do calor que no final do show já era evidente – o Amp do baixo esquentou tanto que chegou a quase pegar fogo e alguns fãs passaram mal, mas nada muito grave.

Sem duvidas um das melhores apresentações do Sodom em nossa terra, honrando sua tradição e seus anos de estrada.


Setlist:
Foto: Paulo Márcio

In War and Pieces
Sodomy and Lust
M-16
Outbreak of Evil
Surfin' Bird (The Trashmen cover)
The Saw is the Law
Iron Fist (Motörhead cover)
Proselytism Real
The Art of Killing Poetry
City of God
Blasphemer
Eat Me
Napalm in the Morning
Agent Orange

Encore:
Remember the Fallen
Bombenhagel

Abraço
Paulo Márcio

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Metal Scent - Homemade

Algum tempo atrás, uns dois meses (desculpe a demora, Victor!), recebi uma tarefa: escrever sobre o álbum de uma banda Israelita que desconhecia completamente, o Homemade da Metal Scent.

Como desconhecia, fui atrás de algumas informações basicas. Segundo as informações que localizei, essa banda foi formada em 2007 e Homemade é o segundo álbum. A formação atual é: Amir Salomon (Baixo), Dror Yakar (Guitarra), Rami Salmon (Voz), Ronen Ziony (Bateria) e Yaniv Aboudy (Guitarra).
 
Homemade com certeza agrada aos ouvidos de quem gosta de boa música, com referências fantásticas e, o melhor, vai do Hard Rock ao Heavy Metal, passando pelo Progressivo. Deu para ter uma ideia da versatilidade dos músicos? Não? Então farei algo que não costumo fazer com frequencia, comentar algumas faixas.
 
O álbum abre com a "Never To Late", com um riff de guitarra cativante, que ganha textura a partir da entrada da segunda guitarra, com uma levada de baixo e bateria cadenciada, que ganham quebras de tempo para Rami brincar com sua voz. Impossível não ouví-la e criar uma associação com o Vision Divine, da era Michele Luppi.
 
"Hold On" é mais Hard Rock, porém diferente, densa e sem as firulas características do estilo, lembra um pouco o Warrant.
 
"Men Of War" flerta com o lado Heavy Metal, beirando uma baladinha do Megadeth, tanto musicalmente quanto na voz do Rami, que parece cantar com tanta "displicência" quanto o Dave Mustaine faz ao vivo.
 
"Coast To Coast" é a próxima, mais Progressiva, com uma bateria impressionante e os bumbos duplos ecoando a todo momento. Tem uma nuance de Dream Theather, mas sem ser maçante. Que beleza!
"Silks Of White", apesar de bastante pesada, tem uma melodia extremamente cativante e novamente Rami se destaca, brincando com a voz entre James LaBrie ou Michele Luppi. Uma das melhores faixas do álbum.
 
"Spy In The Sky", outra das melhores! Talvez a música que menos influências/referências encontrei e mostra todo o potencial da Metal Scent. Difícil explicar, porque passa pelo Hard Rock, entra no Progressivo e tem uma pegada Heavy Metal e com uma harmonia e melodia contagiantes.
 
"Inner Light", que balada SENSACIONAL! A construção da música lembra os tempos áureos em que o Angra fazia excelentes músicas, apesar da voz ser extremamente parecida com a do James LaBrie.
 
"Riders Of The Night", É A MELHOR! Heavy Metal na veia! Impossível ouví-la e não bangear, lembra muito, mas muito mesmo, a época em que o Dream Evil tinha tesão em fazer música. Te falo uma coisa, se o álbum tivesse 15 vezes essa faixa, já valeria a pena!
 
"All You Want", impossível ouvir e não lembrar do primeiro álbum do Reptillian ou Insania.
The Voice, quase uma balada, que começa acústica, com uma levada Blues e vai ganhando vida a partir de cada um dos instrumentos, até virar um Hard Rock, no melhor estilo Mr. Big.
 
"Visions".... ah.... a Visions! Música que tem um riff de música oriental, mas com peso de Heavy Metal. E com certeza absoluta o melhor trabalho de guitarras de todo o álbum.
 
Ok, você talvez esteja pensando: "Por que comprar ou conhecer uma banda que lembra outras de Sucesso?"
 
Te respondo: "Porque só lembra! Parece que os músicos se reuniram e conseguiram captar o que há de melhor, em talvez suas influências, e condensar em um único álbum!
 
Com certeza um álbum que não sairá do meu tocador de músicas, não pela originalidade, mas pela competência e honestidade dos músicos em fazer um trabalho com tanta energia
 
As faixas deste álbum são:
 
1. Never Too Late
2. Hold On
3. Men Of War
4. Coast To Coast
5. Silks Of White
6. Spy In The Sky
7. Inner Light
8. Desires
9. Riders Of The Night
10. All You Want
11. No Other Way
12. The Voice
13. Visions
14. Everybody's Gone
15. Time Has Come
 
Recomendo, com prazer a audição deste álbum maravilhoso.
 
Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Shadowside é finalista do Independent Music Awards, nos EUA.

Tendo em mente que a idéia principal do blog é divulgar a cena e as bandas de Heavy Metal brasileiras, segue um texto retirado do site da banda Shadowside.

A banda está concorrendo a um prêmio de música independente nos Estados Unidos, e uma das etapas consiste em contabilizar os votos do público, então vamos fazer a nossa parte e votar na Shadowside.

Votem
Equipe True Metal Brazil

A Shadowside acaba de ser indicada ao "11th Annual Independent Music Awards". Bandas de todas as partes do mundo enviaram seus trabalhos e a banda é uma das cinco finalistas na categoria "Metal/Hardcore". O grupo concorre ao lado de 16 Second Stare, Asking Alexandria, Hemoptysis e Scarab. Lacuna Coil, All that Remains, Diablo Swing Orchestra e Vixen também já foram finalistas deste concurso. A premiação ocorre de duas formas: pelos jurados e pelos internautas.
 
O corpo de jurados é composto por renomados artistas e formadores de opinião como Keith Richards, Ozzy Osbourne, Tori Amos, Pete Wentz (Fall Out Boy), Gwar, Benji Madden (Good Charlotte), Kevin Lyman (Mayhem Festival), Anthony DeCurtis (Rolling Stone Magazine) e outros. Eles escolhem em abril a melhor banda da categoria.
 
Já o voto do público será computado até o dia 20 de Julho. A lista com todas as categorias está disponível em Independent Music Awards. O voto dos fãs determinará a escolha dos melhores. Portanto, o apoio dos brasileiros é fundamental.
 
Os vencedores do The 11th IMAs vão receber expressiva divulgação, distribuição e ganhar a oportunidade de aparecer para aproximadamente 1 bilhão de fãs.
 
Neste momento, a Shadowside está em plena promoção de "Inner Monster Out", trabalho que inaugura uma nova tendência ao cenário do Heavy Metal no Brasil. Este trabalho foi gravado, mixado e masterizado por Fredrik Nordström, um dos principais produtores de Heavy Metal da atualidade, no Fredman Studio, em Gotemburgo, Suécia. O CD tem a participação especial dos vocalistas Mikael Stanne (Dark Tranquillity), Björn "Speed" Strid (Soilwork) e Niklas Isfeldt (Dream Evil). A versão nacional do disco traz a releitura de Inútil, clássico dos anos 80, com Roger Moreira, líder do Ultraje a Rigor!, dividindo os vocais com Dani Nolden.
 
Recentemente, a Shadowside assinou contrato com a Inner Wound Recordings para o lançamento de "Inner Monster Out", considerado pelos principais meios de comunicação do Brasil como um dos melhores discos lançados em 2011, na América do Norte e Europa. O disco chega ao mercado europeu no próximo dia 11 de Maio, e em 22 de Maio, na América do Norte.
 
Além disso, o terceiro registro fonográfico do grupo foi lançado, no último dia 14 de Março, pela gravadora Spiritual Beast/Universal Music, no Japão, Hong Kong, Taiwan, Coréia do Sul e China.
 
Vale a pena lembrar que, a Shadowside é uma das principais atrações do festival Metal Open Air, que será realizado nos dias 20, 21 e 22 de abril, em São Luís. O evento contará com grandes nomes do metal nacional e internacional como Anthrax, Blind Guardian, Exodus, Megadeth, Symphony X, Rock 'N Roll All Stars, Venom, Saxon, Andre Matos, Matanza, Torture Squad e muitos outros.
 
Veja o videoclipe de "Angel with Horns" no YouTube, que já tem mais de 120 mil views.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Procuramos colaboradores

Será que você tem coragem, vontade e amor suficiente para falar sobre Heavy Metal? Sim? Então compartilhe conosco as suas opiniões sobre os seus álbuns prediletos, os últimos adquiridos, os que ficaram encostados, os shows que assistiu, ou aos que gostaria de ter ido, seus DVDs, enfim qualquer material que ache relevante ser discutido em um site de Heavy Metal.

Procuramos colaboradores para o blog, como não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo e o trabalho no blog não é o que paga as nossas contas, viajar por esse Brasilzão e pelo mundo afora não é muito viável, então procuramos por pessoas interessadas em escrever para o blog.

Você pode ser de qualquer país, estado ou cidade, desde que faça com coração e paixão pelo Heavy Metal, principalmente pelo Heavy Metal nacional, mas também aceitaremos matérias e resenhas sobre bandas internacionais.

Caso tenha interesse em participar, mande para o email truemetalbrazil@gmail.com, uma resenha do seu CD favorito, seguindo os modelos publicados no blog e utilizando a nossa escala das resenhas.

Ao recebermos o seu email, retornaremos confirmando o recebimento, após a leitura da sua resenha entraremos em contato.

Participe
Equipe True Metal Brasil.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Site da Roadie Crew quer a sua banda...

Todo músico em começo de carreira sabe da dificuldade que é ter espaço e suporte para sua banda novata da grande mídia especializada. As mídias especializadas também perceberam que a cena Heavy Metal nacional é a soma dos show de bandas iniciantes que rolam por todo o país.

Deste modo me sinto na obrigação de retransmitir iniciativas como a do Ricardo Batalha, que publicou no grupo do True Metal Brazil no Facebook, o texto que publico abaixo, mas antes devo dizer que estou publicando um texto do facebook, pois achei a iniciativa muito legal e de um grande compromisso em noticiar a cena brasileira.

Portanto se você tem uma banda e vai fazer um show, gravar um CD, um DVD, abrir um show para uma banda conhecida, fazer qualquer coisa com a sua banda, leia o texto abaixo e MEXA-SE!

ATENÇÃO BANDAS

Para envio de notícias para incluir no site da Roadie Crew podem mandar e-mail para Ricardo Batalha - rbatalha@roadiecrew.com.

Só peço que enviem notícias mesmo (formato jornalístico) e não aqueles textos informais em primeira pessoa.

O custo disso sempre foi, é e sempre será ZERO. É minha OBRIGAÇÃO noticiar os fatos do nosso underground e das bandas. Basta escrever e enviar. Apenas isso!

Exemplo de texto informal que NÃO serve pra news do site:
“E aí, pessoal? Então, nós vamos tocar na sexta-feira no Blackmore Bar, em Sampa.”

Exemplo de texto formal ideal, que serve para o site:
A banda (NOME DA BANDA), formada por (NOME DOS INTEGRANTES), se apresentará na (DIA DA SEMANA), dia (DIA DO MÊS) de (MÊS), a partir das (HORA) horas, no (NOME DO LOCAL). O show faz parte da divulgação do álbum (NOME DO CD).

Pegaram a ideia?

Grande abraço a todos.
Ricardo Batalha

Bom agora só falta você pegar as notícias sobre a sua banda, escrever um texto formal e esperar ser publicado no site, e agora não adianta mais reclamar que a grande mídia especializada não dá espaço para a sua banda novata.

Mexa-se
Mauro B. Fonseca