segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Anvil - The Story of Anvil


Sentado em meu sofá, tive a honra e o privilégio de assistir parte da história de Rob Reiner e Steve Kudlow, dois amigos de infância que em 1979 fundaram o Lips, banda que foi rebatizada para Anvil em 1981, em decorrência da assinatura do contrato com a Attic Records.

Após assistir a todo o conteúdo algumas vezes, inclusive os extras, me peguei pensando:  "Que sonho difícil de conquistar!" E o sonho que Rob e Lips perseguem há 33 anos é relativamente simples: "Viver de Heavy Metal!".

Digo relativamente pelo valor histórico do legado do Anvil, pois - hoje - possuem mais de 30 registros (entre Álbuns,Compilações, EPs e Singles), além do que foram influência declarada dos caras do Big 4 (menos do Dave Mustaine, que não teve ou tem influências - brincadeira!) e excursionaram ao lado de Scorpions, Whitesnake e Bon Jovi.

O que este honestíssimo documentário registra é que o "relativamente" complicou ou inviabilizou  as coisas. Os caras ganham suas vidas com empregos normais (para não dizer medíocres), vivem em casas simples e modestas, utilizam suas parcas economias e fazem empréstimos para lançar seus álbuns e no período de férias largam suas famílias para fazer shows. Se metendo em roubadas homéricas, sem jamais alcançarem o seu sonho de infância.

Mesmo assim os amigos inseparáveis estão lá, juntos! Sempre, perseguindo o sonho e levando o desejo de infância adiante.

Falo como fã doente e consumidor de Heavy Metal desde a década de 80, que é impossível assistir a este documentário sem chorar em certos momentos. A amizade e perseverança destes dois amigos é de tirar o chapéu.

Esse documentário, para mim, só perde para o "Beyond the Lighted Stage" do Rush.

Se você ainda não assistiu, recomendo!

Muito Obrigado

Abraço
Márcio Rebelo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Maestrick – Unpuzzle

Quando fui para Bebedouro assistir ao show do House of Bones e do Hangar no dia 14 de janeiro de 2012, conheci Fabio Caldeira, vocalista e tecladista do Maestrick. Ele me deu um CD da banda para ser resenhado no blog, caso queira entre no site oficial da banda, há músicas para download por lá.

Então sem mais delongas vamos a ela. Confesso que quando me disseram que o CD tinha uma linha mais progressiva, a princípio fiquei com receio. A minha experiência com progressivo não é muito feliz, as bandas que ouvi experimentam, mas exageram na medida, o que torna o CD muito chato. Não é o caso deste CD.

Neste ponto me sinto na obrigação de dizer que se você é um radical que acha que só o Manowar é Heavy Metal, então passe bem longe deste CD, vou repetir para quem não entendeu na primeira lida, se você é um destes radicais de plantão, passe bem longe deste CD e nem precisa terminar de ler essa resenha, pois aqui vai ler sobre uma banda que inova (e muito) sem deixar de fazer um Heavy Metal de qualidade.

A dedicação ao trabalho fica evidente já na embalagem, a capinha do CD é trabalhadíssima e para quem se presta a apreciar o trabalho como um todo terá muita coisa para descobrir no encarte e na própria caixinha (Digipak) do CD.

Para iniciar a resenha aproveitei que pegaria um ônibus para o interior, então teria pelo menos uma hora sem interrupções para realmente ouvir o CD. Ainda bem que fiz isso.

Me parece que a marca do (ou "da" se preferir) Maestrick é a ousadia, em primeiro lugar fazem um som mais progressivo, e mesmo assim não é no sentido estrito da palavra, pois o Maestrick coloca elementos incomuns até para os grandes nomes do Rock/Metal progressivo e o mais maravilhoso de tudo isso é que não deixam de soar pesados, contrabalanceando perfeitamente o peso e o experimental.

Em segundo por gravarem uma música com as letras em português e tornarem-na a terceira faixa do CD.

Em terceiro lugar por terem chamado um brasileiro para produzir o CD, ninguém menos que Gustavo Carmo (caso não saiba quem é ele clique aqui).

Em quarto lugar por comporem, arranjarem, tocarem, gravarem e mixarem uma música de mais de 21 minutos, que ficou muito, muito, muito, mas muito mesmo, boa (só porque não posso escrever um palavrão).

Os vocais do Fabio Caldeira me lembram bastante os vocais do monstruoso Geddy Lee (vocalista do Rush) e os do também mostruoso James LaBrie (vocalista do Dream Theater), tomara que ambos entendam isso como um elogio, mas no caso do Fabio, há elementos brasileiros nas linhas vocais, inclusive pela terceira faixa “Pescador”, cantada toda em português.

Durante a audição no ônibus, eu reconheci a voz de um amigo, e quando fui olhar no encarte do CD lá estava, participação de Rodrigo Carmo (caso não saiba que é ele clique aqui) em diversas músicas, e escutando com mais atenção dá para identificar algumas passagens com os vocais dele.

Grande trabalho de todos os músicos, grandes arranjos e com muita originalidade trás muitas referências, que necessitam de atenção para serem entendidas, é muito provável até que, assim como eu, você ouvirá este CD várias vezes antes de captar todas elas.

Algumas das referências flertam muito com o clima de cabaret francês, outras com a bossa nova brasileira, como disse no início da resenha, ousadia por cima de ousadia, marca registrada da banda.

Em uma resenha aqui do blog eu disse que determinado CD era bom para se ter no carro caso andasse com uma galera que não curte Heavy Metal, pois é, jogue aquele CD fora e tenha este sempre à mão, assim pelo menos você e a sua galera ouvirão músicas de altíssima qualidade e ainda por cima originais e não meros covers.

Este CD é matador pela originalidade e ousadia da banda, foi lançado no final do ano de 2011 e foi mais um CD que ganhou o selo da Die Hard Records, que ultimamente vem arrebanhando inumeras bandas nacionais de extrema qualidade.

A banda é composta por, Fabio Caldeira (vocais, piano e teclado), Renato “Montanha” Somera (contrabaixos e guturais), Heitor Matos (bateria e percução), Danilo Augusto (guitarras) e Maurício Figueiredo (guitarras e vocais de apoio). A produção ficou a cargo de Gustavo Carmo.

As faixas deste CD são:

01 – H.U.C.
02 – Aquarela
03 – Pescador (cantada em português)
04 – Sir Kus
05 – Puzzler
06 – Disturbia
07 – Treasures of The World
08 – Radio Active
09 – SmileSnif
10 – Yellown of The Ebrium
11 – Lake of Emotions

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

PS: Deixo abaixo um  vídeo que a banda fez para o lançamento do CD.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Resenha do show: House of Bones e Hangar - Bebedouro - 14/01/2012.

House of Bones 14/01/2012. Foto: Mauro B. Fonseca
Há muito tempo recebo convite dos irmãos Carmo, Rodrigo e Gustavo, para ir até Bebedouro assistir a um show deles em sua cidade natal, até o ano de 2010 era com o VersOver. Por desencontros de agenda, de compromissos familiares e outros empecilhos que nem me recordo mais, não foi possível que eu fosse assisti-los.

Neste ano como de costume fui convidado para ir assistir ao show deles, mas agora com a nova banda da dupla de irmãos, o House of Bones, nome inspirado no álbum “House of Bones” do VersOver. Este CD teve as letras baseadas na história de Adriano Villa, que posteriormente viria ser editada e que hoje conhecemos como “A Casa de Ossos” (clique aqui para saber mais).

Apenas para que quem nunca ouviu falar da banda House of Bones tenha uma pequena ideia sobre o que estamos falando, coloco abaixo a biografia da banda, retirada do site oficial.

A banda “House of Bones” foi formada em Janeiro de 2011 em Bebedouro, SP, Brasil, por Rodrigo Carmo, Gustavo Carmo (Versover) e Leandro Moreira (Bernadeaf). Na ocasião, os integrantes convidaram o renomado baterista Aquiles Priester para participar da gravação de suas primeiras músicas, assim como do show de lançamento.

Em Fevereiro de 2011 deram início às primeiras composições, e em Maio de 2011 às gravações, que ocorreram nos estúdio FX em São Paulo e AR-15 em Bebedouro, interior do estado de São Paulo.

As mixagens ocorreram nos meses de Novembro e Dezembro de 2011 no “The Hideout Recording Studio”, Las Vegas, Nevada, EUA, pelo produtor Kevin Churko, cujo currículo conta com importantes artistas, tais como Ozzy Osbourne, Ringo Starr, Five Finger Death Punch, Shania Twain, dentre outros.
House of Bones 14/01/2012. Foto: Mauro B. Fonseca

E apenas para responder a todos os que não estavam presentes ao show, sim o Aquiles Priester tocou com os caras. E se você não foi, só posso dizer que perdeu não só um, mas dois excelentes shows.

Para me prevenir de possíveis polêmicas me acusando de ser tendencioso para com essa banda, já vou assumindo logo de cara que sou fã de carteirinha do Rodrigo e do Gustavo Carmo, para mim eles tem um talento fora do comum e além de tudo se juntaram a outros três excelentes músicos, Aquiles Priester, que dispensa apresentações, Leandro Moreira baixista da banda Bernadeaf, e Fábio Caldeira, vocalista e tecladista da banda Maestrick, e também porque tomam o maior cuidado com tudo a que se refere a sua música, prezando sempre pela qualidade. Portanto essa resenha é a simples descrição das minhas observações e sensações no dia do show.

Dito isso, vamos ao que interessa os shows, a banda House of Bones abre a noite tocando “First Blood”, que muito provavelmente será o carro chefe do CD, música baseada no filme Rambo, e fazendo jus ao nome da banda, Rodrigo Carmo sobe ao palco com um pedestal de microfone feito de Metal e ossos (reais).

Tocam na sequência “Prologue” e “Thoughts of a Stranger” do VersOver, lançadas no segundo CD da Banda, que dá nome à banda – House of Bones.
Em seguida entra “Thrist”, a única música do VersOver que não faz parte do CD House of Bones, mas que tem uma pegada forte ao vivo.

Ao ouvir os primeiros acordes da próxima música meu cérebro é tomado por uma imensa vontade de sair pulando e batendo cabeça, porque é a “Touch the Walls”, que tem um refrão pegajoso e difícil de tirar da cabeça (ainda bem), e para mim é a melhor música deste CD do VersOver.

House of Bones 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca

“Hold our hands
Together we walk beyond...
We'll be united, in the right and in the wrong
They will bring you to the other side
We will be always around”


Duvido alguém escutar esse refrão e não sair batendo cabeça, ou sair pulando.

Bela surpresa foi a “Sign of the Past”, que no CD tem a participação de Edu Falaschi, executada só com guitarra e voz, normalmente não gosto de músicas calminhas em shows, mas essa ficou excelente ao vivo.

Ao tocarem “Braille”, com a rotineira técnica e perfeição, me acabo de tanto bater cabeça e pular. Para mim, esta música que é baseada no filme "O Livro de Eli" é a melhor da nova safra.

“MILF”, música baseada no filme American Pie e não naqueles outros filmes que você pensou (é eu sei que você pensou), apresentam ao público a tríade completa das novas músicas.

Com a “House of Bones” e surpreendendo alguns fãs, “Dead Hour And Twelve Minutes More”, que ao vivo ficou matadora, encerram o set de músicas próprias, mas não o show.

Para finalizar o show tocam mais três covers muito conhecidos do público, "Symphony of Destruction" do Megadeth, "The Evil That Men Do" do Iron Maiden e "Enter Sandman" do Metallica para fechar com chave de ouro mais essa apresentação dos concisos e precisos irmãos Carmo, que contaram com as baquetas afiadíssimas de Aquiles Priester, o contra-baixo marcado de Leandro Moreira e os teclados do excelente Fábio Caldeira.

O tom da noite foi a diversão, no palco uma banda que estava se divertindo com o que estava fazendo, tocando para o seu público, os seus fãs, seus familiares, e os amigos. Nem mesmo um contratempo aqui e outro ali conseguiram tirar o sorriso da cara dos músicos que detonavam a cada nova música no palco, nem das caras dos fãs, que cantaram a plenos pulmões as músicas antigas (do VersOver) e também as músicas novas (do House of Bones).

Para fechar essa parte da postagem deixo abaixo o set list executado pela banda, e também o link para quem quiser ouvir as novas músicas da banda em seu site oficial ou no Myspace.


01 - First Blood (House of Bones)
House of Bones 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca
02 - Prologue (VersOver)
03 - Thoughts of a Stranger (VersOver)
04 - Thirst (VersOver)
05 - Touch the Walls (VersOver)
06 - Signs of the Past (“acústica”) (VersOver)
07 - Braille (House of Bones)
08 - MILF (House of Bones)
09 - House of Bones (VersOver)
10 - Dead Hour And Twelve Minutes More (VersOver)
11 - Symphony of Destruction (Megadeth)
12 - The Evil that men do (Iron Maiden)
13 - Enter Sandman (Metallica)

Site e Myspace da banda House of Bones.

Após tocar 13 músicas, a banda House of Bones agradece ao público a presença e se retira do palco, gerando uma grande expectativa nos fãs o início do próximo show, o aguardado Hangar.
 

Assumo aqui também que não sou profundo conhecedor da banda, mas como já mencionei antes escrevo aqui as minhas impressões e sensações no dia do show.
Hangar 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca
Novamente Aquiles Priester assume as baquetas para junto com o tecladista Fabio Laguna, o baixista Nando Mello, o Guitarrista Eduardo Martinez e o vocalista André Leite, realizarem mais uma execução perfeita da banda Hangar e levar ao delírio os fãs presentes, apresentando um set com uma mistura de músicas antigas e novas.

Como uma locomotiva a todo vapor, o show começa com “The Infallible Emperor”, seguida de “Hastiness” e “Your Skins and Bones”.

Desde a época das gravações do Hamlet, onde vi e ouvi o guitarrista Eduardo Martinez gravando as guitarras de "Hidden By Shadows", virei fã dos riffs e do timbre da guitarra dele.

No show não foi diferente, cada música que começa, leva a marca registrada do timbre da guitarra de Martinez, e o público delira batendo cabeça e canta uma a uma os maiores hits da banda.

Destaque para “To Tame a Land”, que eu nunca tinha ouvido com os vocais do André, sim eu sei que o CD novo tem uma versão acústica, mas é acústica, e no show foi na paulada, animal.

Seguida por “Inside Your Soul”, que também é uma das minhas preferidas, outra pedrada.

Hangar 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca

Para finalizar o set de músicas próprias, “The Reason of Your Conviction”, outro petardo, mas novamente não termina o show, “Painkiller” do Judas Priest é o cover escolhido para enlouquecer ainda mais o público presente.

E, para quem acha que acabou, ainda não, as bandas tinham mais uma agradável surpresa para o público, tocam “Master of Puppets” do Metallica. Quando eu digo tocam, porque ambas as bandas sobem ao palco e detonam mais esse clássico para os presentes. Não entendi porque André Leite não cantou junto com os demais músicos, mas não importa, foi um imenso prazer assistir a mais esse show.

Para finalizar essa postagem deixo o set list do show do Hangar:

Hangar 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca
01 - The Infallible Emperor
02 - Hastiness
03 - Your skin and bones
04 - Haunted by your ghosts
05 - Colorblind
06 - Some light to find my way
07 - Captivity
08 - To tame a land
09 - Inside your soul
10 - One more chance
11 - Time to forget
12 - Dreaming of black waves
13 - Call me in the name of death
14 - Forgive the pain
15 - Intro + The Reason of Your Conviction
16 - Painkiller
17 - Master of Puppets

Hangar e House of Bones 14/01/2012. Foto Mauro B. Fonseca


Site oficial da banda Hangar.



Só para deixar quem não foi com mais vontade de ir nos próximos, após cada show, as bandas circularam entre o público dando autógrafos e tirando fotografias, sendo que ao final do evento, ficaram um tempo grande conversando com os fãs. Quem sabe assim você se anima de ir no próximo evento.

Divirtam-se
Mauro B. Fonseca

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

White Lion - Return Of The Pride

Primeiramente, é bom lembrar que a última vez que o White Lion lançou um disco de estúdio foi em 1991. Ou seja, outros tempos, outra era, 16 anos! Confesso que é difícil resenhar um CD desta banda tendo como referência álbuns como Pride, Big Game e Mane Atraction. Mais difícil ainda sabendo que Mike Tramp é o único membro da formação original e reformulou toda a banda trazendo ainda um quinto elemento, um tecladista.

O White Lion do passado tinha uma pegada, uma sonoridade específica. Vito Bratta era um guitarrista magnífico que conseguiu imprimir ao White Lion um som próprio, aliado à voz de Tramp. No entanto, como os tempos são outros, não espere uma sonoridade lapidada, limpa e cristalina como aquela de outrora. Aqui o som é mais orgânico, cru.

Começando pelo nome do CD, Return of the Pride ou Retorno do Orgulho, em Português já faz você se perguntar. Que orgulho? O orgulho da banda ou o orgulho do ábum Pride? Um pouco de ambos seria a resposta uma vez que muitos elementos neste registro te levam de volta ao som da banda na década de 80 e ao mesmo tempo acrescenta ingredientes novos.

O CD começa com Sangre de Cristo com seus quase 9 minutos de duração, seguindo na linha de Lights and Thunder. É uma boa música, não tão bombástica quanto a abertura de Mane Atraction, mas convence, com passagens calmas e harmônicas. Na seqüência vem Dream, mais cadenciada quase uma balada e com um belo refrão. Nesta música já dá para notar os teclados mais evidentes neste novo White Lion. O Cd segue com Live Your Life uma boa música, mas meio deslocada e que caberia muito melhor em um dos trabalhos solos de Mike. A próxima é Set Me Free, que começa no melhor estilo de Lady of the Valley e segue com a guitarra “chiando”. I Will é um puta som, mais cadenciada e que segue com uma linha grudenda de teclado do começo ao fim.The Battle of Little Big Horn é outra “épica” com mais de 7 minutos. Never Let You Go, começa com um pianinho e é a balada do álbum. Dispensa comentários. A próxima é Gonna Do it My Way outra boa, com a guitarrinha “chiando” novamente (você vai me entender quando ouvir). Finally See the Light é outro belo som de refrão forte, típico da banda com o teclado dando o suporte novamente. Lembra de longe Farewell to You. O disco fecha com Let Me Be, com um trabalho interessante de guitarra.

Enfim, este disco, lançado em 2008, não traz o glamour dos anos 80/90, mas não decepciona. Na versão americana, o CD traz 2 bônus, Wait e When The Children Cry ao vivo. A última é interessante, pois apresenta um arranjo de piano e bateria. A versão européia apresenta uma faixa inédita, Take Me Home. Item honesto, ouça!!

Segue a relação de músicas:
01 - Sangre de Cristo
02 - Dream
03 - Live your life
04 - Set me free
05 - I will
06 - Battle at little big horn
07 - Never let you go
08 - Gonna do it my way
09 - Finally see the light
10 - Let me be me
11 - Take me home (bônus versão europeia)

Marcelo Mazzari

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rebel Meets Rebel - Rebel Meets Rebel


Definitivamente não é um CD convencional. Isso fica claro na introdução da primeira faixa, "Nothin’ To Loose", onde uma máquina caça-níqueis é acionada algumas vezes, moedas caem, pessoas comemoram, os primeiros riffs de guitarra surgem e ao fundo ouvimos uma donzela gemendo em pleno coito (cacem o clip nesses sites específicos, vale à pena!).

Você que nunca ouviu falar desta banda deve estar se perguntando o que tem de diferente, pois bandas que tem como temática o sexo existem aos montes. A diferença é o que vem depois da introdução, seu nome é David Allan Coe. Esse cara é um cantor country de 69 anos, que apesar de toda sua história (mais de 50 singles, 40 álbuns, 40 compilações e 6 livros lançados), não tem nada de tiozinho. O cara é todo tatuado, dono de uma voz e uma atitude de dar inveja a muito moleque que se diz Metal!

A mistura dessa Alma country com o Pantera faz um som completamente inovador, sem imagem ou rótulo associado (talvez os “especialistas” definam como Country Metal!). Dimebag Darrel, Rex Brown,  Vinnie Paul e David Allan Coe, fazem um Rock’n Roll sulista, potente, pesado, com traços de Pantera (o timbre da guitarra do Dimebag é inconfundível) e uma voz totalmente country. CD Matador, recomendo!

As faixas são:

01 - Nothin' to Loose
02 - Rebel Meets Rebel
03 - Cowboys Do More Dope
04 - Panfilo – faixa instrumental e acústica… Maravilhosa!
05 - Heart Worn Highway
06 - One Nite Stands
07 - Arizona Rivers
08 - Get Outta My Life
09 - Cherokee Cry
10 - Time
11 - No Compromise
12 - N.Y.C. Streets

Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Great White - Can´t Get There From Here


Esta é uma banda que a maioria das pessoas que gostam de rock já deve ter pelo menos ouvido falar, mas apenas uma minoria deve ter dedicado parte de seu tempo para escutar algo destes americanos.

Isto pode ser pelo fato da banda ter "estourado" na época das hair bands -  famigerado apelido que designa as bandas de hard rock do anos 80/90. Com tanta banda com laquê e purpurina, ficava difícil ouvir a todas. Estourado, entre aspas, pois eles nunca ficaram muito tempo no mainstream, apesar de terem ganhado um Grammyzinho lá pelo final dos anos 80. Ficaram mais conhecidos pela morte de um dos guitarristas em um incêndio do que pela musica em si.

Mas vamos ao que interessa e o objeto de minha análise é este CD de 1999, último de inéditas antes do mais recente e bem aclamado, Back to The Rhythm.

Uma coisa que me atrai nas bandas de rock é a identidade. Você já passou por aquele momento "Blind Ear" quando não lembra ou nunca escutou determinada faixa de um CD, mas assim que o escuta, seja pelo riff, pela cozinha ou pelo vocal, você mata na hora que banda é? Pois é. Este é um dos atributos desta banda (para quem conhece, logicamente), mantendo uma sonoridade peculiar desde os seus primórdios, tanto pelas guitarras de Mark Kendall e Michael Lardie ou pelos vocais inconfundíveis de Jack Russell.

O CD é muito bem produzido, por Jack Blades, que também assina grande parte das 12 faixas, que abre com o rockaço Rollin´Stoned, segue com a mais cadenciada Ain´t no Shame e chega na balada semi-acústica Silent Night, tudo isso guiado por riffs simples, mas marcantes, guitarras contagiantes e solos facilmente digeríveis. Este mantém a homogeneidade com rocks certeiros, semi-baladas, além da porrada (para os padrões da banda, é claro) Gone to the Dogs. Também tem uma no melhor estilo violãozinho, para aqueles momentos de choro, In the Tradition.

Este, na minha opinião, é um daqueles CD’s injustiçados, que passou batido pelo tempo, com apenas poucos sortudos - como eu - tendo a sorte de decifrá-lo. Item honesto.

Segue a lista das músicas:

01 - Rollin' Stoned
02 - Ain't No Shame
03 - Silent Night
04 - Saint Lorraine
05 - In the Tradition
06 - Freedom Song
07 - Gone to the Dogs
08 - Wooden Jesus
09 - Sister Mary
10 - Loveless Age
11 - Psychedelic Hurricane
12 - Hey Mister
13 - The Good Die Young (bonus track on Japanese version)
Marcelo Mazzari

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Leviathan - Deepest Secrets Beneath


Lembro como se fosse hoje, quando o Cláudio Victorazzo (da extinta Empire, na Galeria do Rock) me recomendou a aquisição deste CD e eu logicamente, aceitei a recomendação. E não me arrependi! O som é pra lá de maravilhoso e por incrível que pareça ouço até hoje com o mesmo tesão da primeira audição e sem a sensação de estar ouvindo um som datado.

Infelizmente essa banda que foi formada em 1989, no Colorado, Estados Unidos, hoje não existe mais. Faziam um progressivo extremamente técnico, pesado e inovador para a época, pois traziam referências de Power Metal, algo que era pouquíssimo praticado na época e abominado pelos rotuladores e radicais de plantão (muito mais do que hoje!). Este CD é de 1994.

Ty Tammeus usa e abusa da quebra dos tempos de bateria, mudanças de condução de ritmos e muitos metais...Apavora! James Escobedo, enche de vida e groove, com extrema perfeição, as obras-primas que Ty executa.

Os guitarristas, Ronnie Skeen e John Lutzow, esbanjam feeling, competência técnica e inspiração com seus instrumentos. Ouvindo-os tocar parece que estão brincando de rechear as músicas com riffs e melodias grudentas, impossíveis de serem esquecidas e reconhecidas em qualquer situação.

Mas o grande destaque é o vocalista deste álbum, Jack Aragon (e só gravou este CD, o melhor da banda) e é simplesmente fantástico e impossível de ser definido. No entanto para você ter uma idéia tente imaginar a mistura do Warrel Dane (pela emoção e técnica vocal) com o Ian Parry do Elegy (pela melodia e falsetes).

O setlist do CD é o seguinte:

01 - Confidence Not Arrogance
02 - Sanctuary, The Calling
03 - Painful Pursuit Of Passion And Purpose - instrumental que serve de ambientação para a música mais bonita, maravilhosa, bem construída e harmoniosa do CD
04 - Not Always Lost - preciso dizer alguma coisa?
05 - The Falling Snow
06 - Run Forever
07 - Disenchanted Drems (Of Conformity)
08 - Speed Kills.

CD Matador! Muito mais do que recomendado, OBRIGATÓRIO!
Abraço
Márcio Rebelo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Meshuggah - ObZen


Nunca tinha ouvido falar desta banda, até o momento que recebi o vídeo clipe da música Bleed no mailing da gravadora. Putz!!!! Que negócio complexo é descrever essa banda em palavras, principalmente para quem não a tem como banda preferida, não conhece e nem tem intimidade com a sua história.

Consigo afirmar algumas coisas depois da primeira audição:

- Não é um som acessível logo de cara;
- Os caras são extremamente técnicos, complexos e violentos, 
- As músicas parecem quebra-cabeças de 5.000 peças (de tantas quebras rítmicas que existem).

O vocal urrado e às vezes chato pra cacete contrasta com a maravilhosa guitarra solo que em alguns momentos lembra “as fritadeiras” do Satriani, tornando as músicas mais acessíveis. Existe uma salada de referências que vão de progressivo ao Thrash.

É um CD bacana e diferente, e merece um tratamento diferenciado, principalmente porque apesar de não ter me agradado tem músicos que conhecem muito do que fazem, fazem bem feito, tem uma produção irretocável e impecável.

As faixas são:

01 - Combustion
02 - Electric Red
03 - Bleed – a única música que me agradou do começo ao fim
04 - Lethargica
05 - ObZen
06 - This Spiteful Snake
07 - Pineal Gland Optics
08 - Pravus
09 - Dancers To A Discordant System 

Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Alice Cooper - Along Came A Spider


O que falar de Alice Cooper? Um cara que lançou o primeiro disco em 1969, influenciou mais de uma geração de músicos e bandas, ainda faz shows memoráveis e energéticos e ainda continua na ativa lançando CD’s? Difícil!

Mesmo que este registro fosse uma porcaria – o que não é o caso – seria complicado desmerecer o cara. Ele tem crédito para fazer o que quiser.

Bom, não há muito que se falar deste CD, a não ser que é um honesto CD do Alice Cooper. É um disco conceitual que conta a história de um...Adivinhe? Serial-Killer, claro. Em se tratando de Alice Cooper a temática não poderia ser diferente.

O psicopata em questão é um sujeito chamado Spider, que mata suas vítimas e envolve-as em seda. Em outras palavras, um homem-aranha assassino. Sua história é contada aqui de forma impagável, através das 11 faixas do CD. Parece que Alice Cooper sabe muito bem o que é ser um assassino serial, tamanho o realismo das letras.

A sonoridade se aproxima do não tão distante The Eyes Of Alice Cooper, remetendo por vezes aos sons mais antigos e misturando algo pesado do que ele fez na década de 80. Não há nada de modernóide como as experiências feitas em Dragontown e Brutal Planet.

A banda de apoio dispensa comentários, com Eric Singer na bateria, e a dupla eficaz de guitarristas Keri Kelli e Jason Hook. O CD ainda traz Slash e Ozzy fazendo pontas em duas faixas distintas.

O tracking list é:

01 - Prologue/I Know Where You Live
02 - Vengence Is Mine (com Slash)
03 - Wake The Dead (com Ozzy)
04 - Catche Me If You Can
05 - (In Touch With) Your Feminine Side
06 - Wrapped In Silk
07 - Killed By Love
08 - I´m Hungry
09 - The One That Got Away
10 - Salvation
11 - I Am the Spider/Epilogue

Confira!
Marcelo Mazzari

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

House of Bones divulga músicas no Myspace


Com show marcado para dia 14 de janeiro de 2012, em Bebedouro, o House of Bones (se você está achando que já ouviu esse nome antes, leia aqui e aqui) divulgou 3 músicas no seu canal do Myspace e no site oficial da banda, que farão parte do CD que ainda não tem data de lançamento, será que neste show poderá ser anunciado o lançamento do álbum?

Segue os nomes das faixas divulgadas:
01 - Braille
02 - First Blood
03 - MILF

A capa do CD consta no site, e é esta que coloco ao lado.
Além disso lançaram também o site oficial da banda, se quiser saber mais sobre a banda e seus integrantes visite o site oficial da banda e também vá ao show.

Divirtam-se e nos vemos no show.
Mauro B. Fonseca