quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vulture - Destructive Creation

No início de Novembro de 2011, tive acesso ao link com a íntegra do que seria o vindouro álbum da Vulture, "Destructive Creation". Lançado em Janeiro de 2012.
 
Este link só foi enviado pela banda para mídias especializadas e gravadoras, assim sendo: Adauto, André, Max e Yuri, Muito Obrigado! Pois apesar de ser somente um fã de Heavy Metal, tive o privilégio de ouvir, em primeira mão, um álbum MATADOR!
 
Agradecimento feito, vamos ao que interessa!
 
Aos religiosos de mente fechada que se atentarem, a polêmica começará pela arte gráfica, criada pelo Adauto. Existe uma referência clara da pintura "A Criação de Adão" de Michelangelo (que está no teto da Capela Sistina, no Vaticano), onde os papéis de Criador e Criatura são invertidos, portanto o Homem cria Deus, dando início ao caos, a destruição.
 
Caos esse que, diga-se de passagem, é diluído em 10 faixas majestosamente bem construídas, que não são simplesmente Death Metal. Digo isso, pois as músicas possuem elementos e sonoridades de Thrash Metal e Heavy Metal, diversas mudanças de andamento, guitarras ora pesadíssimas e ora melódicas (dá-lhe Adauto e Yuri, imbatíveis!). A dupla André e Max, bateria e baixo, como sempre é cirurgicamente precisa, porém neste álbum me pergunto como o Max conseguiu acompanhar o André, que está tocando horrores! Para fechar, é impossível não citar o poder da voz gutural, urrada e agressiva do Adauto. Um monstro!
 
Se a ideia da banda era deixar o "Through The Eyes Of Vulture" no chinelo, a Vulture conseguiu. Com honras!
 
A cada lançamento fico cada vez mais impressionado com essa banda e na torcida para que alcancem o almejado Sucesso e Reconhecimento, que na minha visão são mais do que merecidos.
 
As faixas do álbum são:
 
1. Night Of The Unholy Flame
2. All Falls Down
3. Murderous Disciples
4. Riders Of A New Age
5. When Time Flees - que viagem o solo dessa música!
6. No Way To Follow
7. Alignment 2012
8. A Step To Hell
9. Blasphemy Life
10. Carrasco de Si Mesmo - "...Há um equilíbrio entre o bem e o mal dentro de você, dentro do seu pensamento..."QUE LETRA ANIMAL...QUE MÚSICA ANIMAL !!!!
 
Se fosse possível indicaria ao pessoal da Aardschock, Legacy, Rock Hard e Metal Hammer que ouvissem este álbum, pois o "On Divine Winds" do Hail of Bullets, é bom pra caramba, mas não é o álbum de Death Metal do ano, nem a pau!
 
Não tenho dúvidas em eleger o Destuctive Creation como álbum de 2012 para o estilo Death Metal, e para você que está lendo: Está esperando o que para adquirir o seu exemplar e quebrar seu pescoço de tanto banguear?
 
Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo


Informações atualizadas em 12 de março de 2012.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sepultura - Kairos

A resenha para este CD foi quase um parto, uma vez que nem eu e nem o Márcio Rebelo queríamos ter esse fardo. Digo fardo, pois o CD decepciona, e muito, foi anunciado como o retorno dessa maravilhosa banda brasileira, mas decepcionou. Quase tiramos par ou impar para ver quem teria a posição de falar mal do Sepultura, banda extremamente amada pelos fãs brasileiros, e como podem ver, dei azar.

Começa que desde a saída do Max, e a entrada do Derrick Green, a banda nunca mais soou a mesma. E para os fãs mais ardorosos, os irmãos Cavalera ainda gravaram o Cavalera Conspiracy, o que torna mais difícil escutar Sepultura sem os vocais de Max Cavalera.

Não serei hipócrita dizendo que não sinto falta do Max nos vocais, porque eu realmente gostava dos guturais dele, gostava tanto que não tenho nenhum dos álbuns lançados após a saída dele da banda. Eu tenho até 3 ou 4 álbuns em formato LP (vinil), comprados mesmo depois do aparecimento do CD.

Senti arrepios na espinha quando saiu um tributo ao Black Sabbath - Nativity in Black, onde o Sepultura deixou a sua marca, gravando "Symptons of The Universe", imaginem que em 1994 uma banda brasileira aparecer em um CD repleto de medalhões do Heavy Metal mundial, na época era a glória. E um imenso orgulho para nós fãs.

Quanto ao Kairos, se me perguntarem se o CD é ruim, não poderei dizer que sim, pois ele é bom, é bom em grande parte pelas guitarras do Andreas, que sempre tiveram um timbre matador. É o caso aqui. Timbres matadores de guitarra, check. Ainda nas guitarras, em algumas passagens soam bastante como soavam no Arise. Guitarras com “climinhas” tenebrosos, check. Guitarras cavalgadas no melhor estilo Thrash Metal, check.

Tudo isso aliado a um vocal quase gritado (muitas vezes gritado mesmo), se falássemos de uma banda qualquer de Heavy Metal só isso já seria o suficiente para ser um bom CD, mas esse CD não é de uma banda qualquer, é um CD do Sepultura (porra!) não pode ser bom tem que ser matador, isso ele não é, e decepciona... Infelizmente.

A voz do Derrick sempre me pareceu muito "forçada", o que acontece neste CD. Voz "forçada" do Derrick, check. Falta da "pegada" nos guturais, check. Não quero ficar aqui parecendo um carrasco enumerando os crimes do condenado, mas esse CD, na minha insignificante opinião, não é o retorno do Sepultura, eu diria que nem mesmo é o Sepultura, uma vez que a identidade da banda não está presente.

E quando digo identidade, não é só pelos vocais do Max, mas pelo conjunto, desde a composição das músicas, até a finalização e como estão me faltando palavras para explicar meu sentimento de perda com esse CD, terei que ser bairrista mesmo, o Sepultura não tem mais a cara brasileira de uma puta banda de Thrash Metal. Não me convenceu, na verdade me decepcionou.

Nem mesmo o cover do Ministry (banda de Heavy Metal Industrial que teve seu auge na década de 90) consegue dar um ar diferenciado ao CD. Aqui é onde a identidade do Sepultura se sobressairia, com certeza colocariam alguma coisa diferente para dar a cara brasileira ao Thrash Metal impregnado no CD, o que não foi o caso.

Esse é aquele CD que você coloca para rolar e quando menos percebe, ele já acabou, e você nem se deu conta de ter escutado, não empolga, não te faz ficar em pé batendo cabeça como louco, e se acha que nenhum CD do Sepultura faz isso coloque o “Arise” para rolar, duvido você ficar sentado até acabar a segunda música.

Chega de ser carrasco, vou ouvir meus CDs do Slasher, do Pastore, e caso o Márcio Rebelo me empreste o do Vulture, para limpar os ouvidos e a mente deste Kairos decepcionante, desculpe-me Andreas, sei que já fez grandes coisas pela cena brasileira, mas esse CD não deu não.

Seguem as faixas do CD:

1. Spectrum
2. Kairos
3. Relentless
4. 2011
5. Just One Fix (Ministry cover)
6. Dialog
7. Mask
8. 1433
9. Seethe
10. Born Strong
11. Embrace the Storm
12. 5772
13. No One Will Stand
14. Structure Violence (Azzes)
15. 4648

Divirtam-se, ou neste caso nem tanto.
Mauro B. Fonseca

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Viper - All My Life


Devia não só morder a língua, mas engoli-la! Por quê? Porque fui "preconceituoso" com o novo álbum do Viper.

Na verdade, presumo que, preconceito não seja a palavra mais adequada pois estava mesmo é cansado e de saco cheio. Desgastado de tantas tentativas de ouvir novos trabalhos, tendo em vista o novo direcionamento musical que não me agradava nenhum pouco.

Assim sendo, quando houve o lançamento do novo álbum não quis nem saber, pelo simples fato de ter a opinião formada: O Viper havia morrido depois do lançamento do "Evolution". Álbum, que mesmo com o vocal ruim (perdão pela franqueza) possui músicas excelentes.

Como fui idiota, pois mal sabia eu que, sem dúvida alguma, este é o melhor álbum dos caras desde o perfeito e clássico "Theater Of Fate".

O Pit Passarell e o Viper voltaram a fazer músicas como as de antigamente, de certo modo, redescobriram a roda e acertaram em cheio o gosto dos saudosistas, como eu.

Músicas com riffs matadores e melodias grandiosas, um baixo extremamente marcante e uma bateria precisa, além do que o Ricardo Bocci canta pra cacete! É evidente que o Ricardo traz muitos cacoetes  do seu professor André Matos, porém, são só cacoetes. O Ricardo tem uma identidade e musicalidade muito bem definidas, ouça as duas músicas em que ele contribuiu no processo de criação: "Miles Away" e "Rising Sun".

As faixas deste álbum são:

01.   All my Life
02.   Come on Come on
03.   Miles Away
04.   Not That Easy
05.   Love is All
06.   Cross the Line
07.   Do it All Again
08.   Violet
09.   Dreamer
10.   Soldier Boy
11.   Rising Sun
12.   Miracle

Parabéns ao Viper que ressurge das cinzas após tantos anos, 15 para ser mais exato, com um trabalho Honesto e digno de ser comemorado.

Muito Obrigado

Abraço
Márcio Rebelo
PS: Esta resenha foi recuperada e retrabalhada do True Metal Blog (nosso blog antigo), a resenha original foi postada em 03 de julho de 2007.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Capricorn - Inferno

O Inferno tem poucas diferenças se comparado com o seu antecessor, Capricorn.
 
As mais significativas e relevantes ficam por conta do Stefan Arnold que brinca um pouco mais, inserindo alguns tempos quebrados aqui e ali. De alguns solos mais longos e elaborados, executados pelo David Hofmann. Adrian Hahn mantém-se idêntico, o que de certa maneira deixa as outras mudanças um pouco ofuscadas, porém, não imperceptíveis.
 
A grande tristeza é que esse álbum marcou o final de uma fantástica banda de Heavy Metal, que inexplicavelmente pouca gente conhece. Talvez pela pouca, ou nenhuma divulgação que existia na época. Uma pena!
 
As faixas deste álbum são:
 
01.   Iced Age
02.   Claws Of The Mad
03.   The Wire Fence – uma das melhores deste CD
04.   Dead Can Walk
05.   Moonstruck – balada pesadíssima!
06.   Iron Bitter
07.   Gun For Hire
08.   A Call For Defiance
09.   You Can’t Stop Rock’n Roll (cover do Twisted Sister)
10.   Camp Blood
11.   Inferno – a melhor do álbum, densa, obscura, melódica e pesada!
 
Honestidade, que lógico, recomendo!
 
Abraço
 
Muito Obrigado
Márcio Rebelo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Edu Falaschi e seu desabafo... O Heavy Metal nacional está realmente morto?


Demorei um pouco para me pronunciar sobre as declarações que Edu Falaschi (ex-Mitrium, ex-Venum, ex-Symbols, ex-Angra?, Almah) deu recentemente e que estranhamente ganharam repercução nas redes sociais.

Quero deixar claro que não tenho qualquer tipo de relacionamento de amizade, de coleguismo com o Edu, conheço-o apenas como todo outro fã de Heavy Metal o conhece, pelo seu (extenso) trabalho, portanto não devo nada a ele. Dito isso vamos a diante com o texto.

Bom antes de falar qualquer coisa o mais recomendado é pensar, refletir, analisar, repensar e só então emitir a sua opinião, é o que estou fazendo. E eu já li muita gente falando a primeira coisa que lhe vem à mente e depois ter que se explicar.

Depois de ouvir e assistir ao vídeo em que ele dá as declarações que geraram tantos comentários, a primeira reação que tive foi o de repulsa e de mandar o Edu para o mesmo lugar para onde mandou os fãs, mas existem alguns pontos a serem considerados:

1. Edu Falaschi há muito tempo vem trabalhando em prol do Heavy Metal nacional, há muito tempo divulga a nossa bandeira onde quer que vá, assim como muitos outros. 
2. Ele está tão errado assim no que falou? 
3. O modo como falou talvez não tenha sido o mais politicamente correto, mas com total certeza teve uma atitude Heavy Metal. 
4. Porque gostamos tanto dos músicos que tocam Heavy Metal mesmo? Pela sua atitude rebelde talvez?
5. Ser músico de Heavy Metal no Brasil é quase tão bem visto como ser um mendigo. 
6. Todos nós temos que comer para sobrevivermos e realizarmos nosso trabalho com eficiência.
7. Todos têm direito a uma vida digna, inclusive músicos e fãs de Heavy Metal (a lei brasileira nos garante isso). 
8. Todos os músicos, organizadores e casa de shows irão concordar comigo que ao fazer qualquer evento no Brasil, brotam da terra milhares de parasitas querendo “tirar o seu”, sugando o sangue de pessoas que trabalham honestamente e muitas vezes gerando situações ridículas em que uma banda tenha que pagar direitos autorais para os órgãos oficiais ao realizar performances ao vivo com AS SUAS PRÓPRIAS MÚSICAS. 
9. Os músicos de Heavy Metal brasileiros estão entre os melhores do mundo. 
10. A Argentina não tem banda de Heavy Metal mundialmente famosa.

Após considerar os dez tópicos acima, acho que seria justo dizer ao menos três coisas, o Edu Falaschi não estava errado no que falou, possivelmente errado no modo como falou, mas devemos concordar que os músicos de Heavy Metal estão entre os mais politicamente incorretos, e por isso mesmo gostamos deles, pela atitude de falar a sua opinião, doa a quem doer.

Outra coisa que podemos falar sobre a declaração do Edu é que se os fãs não compram o CD, não compram a camiseta, não vão aos shows, PRA QUE DIABOS ALGUEM VAI CONTRATAR A BANDA PARA FAZER SHOW, PORRA? QUAL GRAVADORA VAI DAR CONDIÇÕES PARA QUALQUER BANDA GRAVAR UM CD DESCENTE, CARALHO?

Eu também baixo músicas da internet, mas eu compro o CD sempre que sobra uma graninha no fim do mês, e dou prioridade para bandas nacionais.

Atualmente raramente eu vou a shows, internacionais ou nacionais, tenho família o que complica um pouco a vida, mas me lembro de ter ido por diversas, milhares, milhões de vezes nas casas de Heavy Metal de São Paulo, para ver shows de bandas nacionais.

Uma amiga da época de festivais postou em seu mural (valeu Tati por liberar o uso do texto na postagem), o texto que transcrevo a seguir:

“Acho que o depoimento do Falaschi retrata parte da minha indisposição a respeito e explica um pouco o porque que eu me afastei das atividades de divulgação do Metal.
Acho curioso AGORA e TARDIAMENTE algumas pessoas acordarem para o que está acontecendo e querer promover evento para DAR FORÇA.
Não podemos nos esquecer de grandes festivais que promoveram EXCELENTES bandas de metal nacional e que hoje perderam espaço para a avalanche de shows gringos.
ERA NAQUELE MOMENTO QUE INICIATIVAS COMO ESTA DEVERIAM OCORRER, PARA QUE MANTIVÉSSEMOS UMA CENA FORTE, SEM DESMOTIVAR MÚSICOS, PRODUTORES DE DISCOS, SHOWS E MÍDIA ESPECIALIZADA.”
(Tati Batis)

Ela também tem a sua razão, afinal quem é que gosta de ficar dando cabeçada em parede? Durante muito tempo realizar tentativas para divulgar bandas nacionais, sem apoio, tanto por parte do público como por parte da imprensa, seja ela qual for.

Quem se lembra do festival “Brasil Metal Union”? Ou do zine que depois virou revista chamado “Heavy Melody”? Richard Navarro, alguém lembra? Pois é desta época que ela estava falando. Por volta de 2001, quando o Heavy Metal nacional estava a todo vapor, tínhamos um monte de pessoas organizando e abrindo espaço para as bandas nacionais, mas esse tempo acabou, passou, mas será que o Heavy Metal nacional realmente morreu?

Apesar do nome do blog ser em inglês, veja as nossas resenhas, quantas delas são de bandas nacionais, bandas como Imago Mortis, Tiger Cult, Vulture, VersOver, Pastore, Slasher, Carro Bomba, Viper (ainda não publicada), sem contar as resenhas dedicadas aos autores (de livros) nacionais Adriano Villa - "A Casa de Ossos" e Alexandre Callari - "Apocalipse Zumbi", e as demais notícias relacionadas a bandas nacionais (uma das quais a própria banda do Edu Falaschi era mencionada, a Almah).

Enfim, tentamos dar uma força para as bandas nacionais, e não é porque somos amigos dos integrantes ou porque queremos ganhar CDs, DVDs, livros, porque nunca ganhamos nada para escrever sobre os lançamentos de banda alguma, escrevemos porque elas tem mérito, fazem um som do caralho, muito bem feito e bem produzido, agora, se ninguém compra as porras que eles lançam, de onde vai vir a grana para o próximo?

Isso sem falar no tão esperado projeto Brasil Heavy Metal, que deverá ser lançado por aqui no ano que vem. Que vai relembrar aos mais antigos como foi o início de tudo e apresentar aos mais novos como fizemos (opa eu também fiz) a cena de Heavy Metal no Brasil.

Vamos apoiar essas bandas que estão surgindo, assim a cena Heavy Metal nacional não viverá, como já não vive e nem nunca viveu, apenas de Angra e Sepultura como menciona o Edu Falaschi em seu depoimento. Elas são nomes fortes do Heavy Metal brasileiro? Sim, mas não as únicas que existem.

Quero finalizar dizendo para os leitores do blog, que se queremos alguma coisa, reconhecimento, o fim do preconceito contra músicos e fãs de Heavy Metal, não adianta nada ficar em casa baixando músicas e batendo cabeça sozinho.

Força para todos nós, pois como uma galera anda postando nas redes sociais que o Heavy Metal nacional morreu, sugiro que COMPREM OS CDS DAS BANDAS CITADAS ACIMA, e ouçam, então vejam se continuam achando que o Heavy Metal nacional morreu mesmo.

Algum dia teremos que nos unir para fortalecer o Heavy Metal no Brasil, pois como já dizia uma banda com integrantes indo-luso-afro descendentes "...lutamos pelo Metal..."

Obrigado
Mauro B. Fonseca

PS: Aproveito para abrir espaço para as bandas nacionais que quiserem mandar material para resenha, notícias sobre shows, gravações e promoções relacionadas a cada uma, que entrem em contato pelo e-mail: truemetalbrazil@gmail.com.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

True Symphonic Rockestra With The 3 Rock Tenors - Concerto In True Minor

Você já ouviu Aquarela do Brasil cantada por um tenor? Pode ser. Mas você já ouviu esta mesma música cantada por um tenor com um bumbo duplo comendo no fundo e uma banda de metal atrás? Isto é um exemplo das pérolas que você vai encontrar aqui.
 
Este é um projeto que começou quando o guitarrista Alemão Dirk Ulrich, da banda Giftig, teve a idéia de fazer covers do repertório dos 3 Tenores, Pavarotti, Plácido Domingo e Jose Carreras. Quem está neste projeto com ele, batizado de True Symphonic Rockestra é James Labrie e os desconhecidos Thomas Dewald e Vladimir Grishko. Quem? Pois é. O primeiro é um tenor independente – para não falar amador - de ópera e professor de canto na Universidade de Mainz, na Alemanha. O segundo também é um tenor independente de ópera e Ministro da Cultura da Ucrânia! Pois é!
 
No entanto, de amador os caras não tem nada pois soltam os vozeirões em árias e standards do pop internacional que vão surpreender qualquer um. O repertório é um tanto curioso, mas grande parte das músicas presentes aqui é de conhecimento popular e em algum momento de nossas vidas, já as escutamos.
 
O CD abre com Nessun Dorma, já coverizada pelo Manowar e que aqui traz Labrie numa bela interpretação, ajudado pelos companheiros. A seqüência traz o que eles chamam de Tributo à Hollywood com My Way, Moon River e Singing in The Rain. E tome bumbo duplo e guitarras.Confesso que sempre gostei da interpretação de Frank Sinatra para My Way, mas “metalizada” e com os agudos de James Labrie, é até covardia! O Cd ainda traz Granada, O Sole Mio, Funiculi Funicula, La Donna e Móbile, Cielito Lindo ( Ay, Ay, Ay, Ay, está chegando a hora – esta mesmo ). Ainda temos interpretações para alguns musicais da Broadway como Cats e West Side Story, representadas aqui por Memory, Tonight e América.
 
Num total de 21 músicas, na maioria faixas curtas e interligadas, este Cd é no mínimo curioso e honesto no que se propõe a fazer. Os músicos que fazem parte deste time são desconhecidos, mas muito competentes no que apresentam. O único porém aqui fica para o som da bateria, aquele bate-lata que lembra o St. Anger, no entanto, ao contrário do álbum do Metallica, a experiência é tão interessante que você até desconsidera este fator.
 
Abraço
 
Marcelo Mazzari

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Capricorn - Capricorn

Este foi o primeiro registro desta banda que surgiu em 1991, na cidade de Frankfut am Main, que fica no estado de Hesse, na Alemanha. Diga-se de passagem, um baita power trio, que executa o mais puro Heavy Metal. Direto e reto, com vigor, pegada e simplicidade.

Os integrantes são: Adrian Hahn (Voz e Baixo), David Hofmann (Guitarra) e Stefan Arnold (Bateria), que mais tarde, em 1996, integraria o Grave Digger (permanecendo até hoje no comando das baquetas).
 
O Capricorn é uma banda que eu reconheço onde quer que eu ouça, tamanha a identidade que eles possuem. O mais engraçado é que os caras não fazem nada diferente, só tocam o “arroz com feijão”, sem firulas ou frescuras, com vigor e energia.
 
Essa é uma prova de que qualquer coisa feita com coração e honestidade gera resultados mais do que positivos.
 
As faixas deste álbum são:
 
01.   Mob In The ‘Hood
02.   One Shot From Murder
03.   Burn
04.   Light Up Your Mind
05.   Lonely Is The World
06.   Mr. Voorhees
07.   Bomb Eden
08.   Shotdown Downtown
09.   The Harder They Fall
10.   Long Way Home
11.   Exceeding The Limits
 
Para quem quer ouvir o resultado de competência, simplicidade e honestidade, fica a recomendação.
 
Abraço

Muito Obrigado
Márcio Rebelo

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Nevermore - Nevermore

Com o abrupto final do Sanctuary surge o Nevermore, que contava com três membros da extinta banda, sendo: Warrel Dane (voz), Jim Sheppard (Baixo) e Jeff Loomis (Guitarrista, que já acupava tal posto, nos shows de divulgação do "Into the Mirror Black"). Para completar a formação, um amigo de Jeff, foi convocado para a bateria, Van Willians.

Como fã, doente, do Nevermore por mais que ouça o álbum de estreia, em qualquer época que seja não acho um defeito sequer. Além do que, se ouvir a mínima crítica que seja saio em sua defesa.

Entendo este álbum, como uma obra-prima, onde o Nevermore àquela época colocou a pedra fundamental no que foi a banda mais autêntica, inteligente, pesada, melódica, obscura, melancólica, sombria e impossível de ser rotulada no mundo Metal. Infelizmente sou obrigado a citar a banda no passado, devido a recente “suspensão” de suas atividades em virtude da saída de Jeff Loomis e Van Willians.

Lembro até hoje que na primeira audição deste Clássico, fiquei em êxtase, porque haviam elementos do Sanctuary, mas sem os falsetes do Warrel Dane e com muito mais drama, peso e melodia. Algo que nesta primeira audição, reconheço, não foi de fácil digestão; no entanto foi paixão imediata pela banda que até hoje não tem um rótulo definido.

As faixas da versão original são:

01.   What Tomorrow Knows
02.   C.B.F. (Chrome Black Future)
03.   The Sanity Assassin
04.   Garden Of Gray
05.   Sea Of Possibilities
06.   The Hurting Words
07.   Timothy Leary
08.   Godmoney

Em 2006, a Century Media, relançou este álbum com as seguintes faixas bônus:

The System’s Failing (1)
The Dreaming Mind (2)
World Unborn (2)
Chances Three (2)
Utopia (2)
What Tomorrow Knows (videoclipe)
 
(
1) Faixa que até então só estava disponível na versão destinada ao mercado nipônico.
(
2) Músicas retiradas de uma fita cassete demo, gravada de forma independente em 1992, cujo título é Utopia. E, diga-se de passagem, um sonho de consumo deste colecionador doente.
 
Muito Obrigado
 
Abraço
Márcio Rebelo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Adriano Villa – “A Casa de Ossos” - Parte II


Imagem retirada de http://www.blogcriandotestralios.com




Nunca fiz e nunca leio, sinopses e resenhas de livros e filmes, me estragam a surpresa da história, além do que nunca pretendi fazer uma resenha de um livro, eu ia muito mal nas aulas de literatura, nunca entendi a importância de se ler uma história chamada “O sofá estampado”, onde um tatu começa a escavar o sofá e chega na China, portanto não farei uma resenha, apenas relatarei o que senti ao ler o livro do Adriano Villa, “A Casa de Ossos”.

Como já mencionei antes aqui no blog, eu já conhecia a história, o próprio autor me mandou um PDF do que viria a ser o livro, e a banda VersOver fez um CD baseado na história, então a história não era novidade para mim.

A escrita do autor ajuda bastante a fluidez da leitura, é uma escrita simples e empolgante, daquelas que você não quer mais largar nem para dormir. Imaginem a minha agonia tendo apenas uma hora por dia para ler o livro.

Eu comprei, isso mesmo comprei, meu exemplar no dia 29 de outubro de 2011, em uma venda na casa das rosas (também postado aqui no blog) e terminei de ler no dia 04 de novembro de 2011, lendo apenas uma hora por dia, nas horas do almoço no trabalho, ao todo 4 horas aproximadamente de leitura, viu como é envolvente?

Cada capítulo que acaba te deixa com aquela vontade de ler o capítulo seguinte, e o seguinte, e assim por diante. A trama da história também é envolvente e bem estruturada (quem sou eu para julgar a estrutura de um texto?) em uma escrita simples e funcional (lá vou eu novamente) que captura o leitor do começo ao fim do livro.

Se você procura dicas sobre a história, está lendo a resenha errada, pois aqui não colocarei nada sobre a história. Detesto ler artigos sobre livros e filmes onde inadvertidamente contam pedaços importantes da história e acabam com o suspense do livro. Então se você quer saber algo sobre a história, deixarei a própria sinopse da contracapa para atiçar a sua curiosidade, segue a sinopse:

“Um passado esquecido, um garoto de olhos negros e uma casa que, durante décadas, esperou um homem sem fé e sem medos para adentrar por suas portas e libertar seus pesadelos. Bem vindo à casa de ossos! Entre e ouse descobrir os segredos ocultos no silêncio de suas paredes. Mas não se esqueça: Você é inocente até ter consciência de seus próprios erros.”

Se ainda assim você quer saber mais sobre a história, sem querer ser mal educado, mas a única coisa que eu posso lhe dizer é:

- COMPRE O LIVRO! Você não se arrependerá, a não ser que você só goste daqueles romances melados e chatos que são vendidos em bancas de jornal.

Obrigado
Mauro B. Fonseca

PS: Quem sabe você não se anima e vai ao lançamento do livro em São Paulo e o autor lhe autografa um exemplar!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mägo de Oz - La Ciudad de Los Arboles


Se você é radical, melhor nem continuar a leitura.
 
A cada lançamento, o Mägo de Oz deixa claro que fazer música por paixão é o grande segredo do sucesso de quem faz, e o prazer de quem compra e ouve!
 
Esta é uma banda que tem um enorme prestígio em toda a América Latina, porém, curiosamente no Brasil são pouquíssimas as pessoas que conhecem e ouvem.
 
O novo álbum não traz nada de novo ou fora dos padrões Mägo de Oz, mas é bom demais ouvi-lo. Na verdade, como disse acima, é um prazer ouvir música de qualidade, feita com prazer, competência e amor.
 
Na minha opinião o La Ciudad de Los Arboles (lançado em novembro de 2007) é o melhor álbum desde o La Leyenda de La Mancha (álbum de 1998, que até agora é imbatível).
 
Qual a receita? Que tipo de som eles fazem?
 
Fazem música sem fronteiras, sem rótulos, sem preconceitos, fazem música com o coração, que agrada a cada integrante da banda e consequentemente agrada aos que se dispõem a ouvir!
 
Neste álbum, para composição das músicas utilizam uma pequena mistura de “coisinhas” do tipo: música Celta, Folk, Rock’n Roll, Heavy Metal e Mariachi (música popular mexicana), tudo cantado em espanhol (agora tenho certeza de que os radicais que "teimaram" em ler esta resenha cortaram os pulsos!).  Fazendo músicas que enchem o ambiente de alegria (no sentido literal da palavra) e entusiasmo.
 
As faixas deste álbum são:

 
01.   El Espíritu del Bosque (Intro)
02.   La Ciudad de los Árboles
03.   Mi Nombre es Rock n roll
04.   El Rincón de los Sentidos
05.   Deja de Llorar (Y Vuélvete a Levantar)
06.   La Canción de los Deseos
07.   Y Ahora Voy a Salir (Ranxeira)
08.   Runa Llena (Instrumental)
09.   Resacosix en la Barra (Resacosix en Hispania parte II)
10.   No Queda sino Batirnos
11.   Sin Ti sería Silencio (Parte II)
12.   Si Molesto, me Quedo
13.   El Espíritu del Bosque II (Outro)
 
Enfim, se vocês não conhecem e apreciam boa música, recomendo a audição deste honestíssimo trabalho.
 
Abraços
 
Muito Obrigado
Márcio Rebelo