segunda-feira, 5 de março de 2012

Venda de ingressos entra na mira do Procon de SP

Dando uma "passeada" pela internet, achei essa notícia abaixo. Interessante ver como os direitos dos consumidores sempre foram ignorados, pisoteados e até serviram de método intimidatório por parte dos lojistas e prestadores de serviços, mas me parece que agora alguém está prestando atenção aos nossos direitos e possivelmente teremos uma melhora nos serviços e atendimentos, e até mesmo uma diminuição das taxas.

Abram o olho.
Mauro B. Fonseca

Reportagem retirada de Combate Rock.

Um dossiê contendo irregularidades cometidas pelas principais promotoras de shows e empresas de venda de ingressos foi entregue pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) ao Ministério Público (MP). Entre os problemas apontados estão existência de cotas para meia-entrada e cobrança de taxa de conveniência.

A ação faz parte do sistema articulado entre os dois órgãos para a troca de informações. Caso as companhias já tenham sido autuadas e insistirem nas práticas consideradas irregulares, o Procon-SP estudará punições ainda mais severas, como a suspensão da vendas de bilhetes até a situação ser regularizada.

O Procon-SP enviou o material ao MP há duas semanas. Nesse documento quatro empresas são citadas e juntas as autuações somam R$ 4,6 milhões em multas desde 2001. A Time For Fun já foi autuada 23 vezes. Livepass, Planmusic e Ingresso Fácil receberam duas autuações cada uma.

“Sempre acompanhamos o assunto e notamos que empresas vinham reiterando algumas práticas. Compartilhamos esse material com o MP que também acompanha a questão há tempos”, afirma o diretor de fiscalização do Procon-SP, Renan Ferraciolli.

Segundo ele, são três as principais irregularidades. A primeira refere-se ao estabelecimento de cotas de ingressos para meia-entrada. A segunda é a realização de pré-venda para quem tem um determinado cartão de crédito sem informar quantos ingressos serão destinados aos demais consumidores. “É uma prática discriminatória”, diz Ferraciolli.

A terceira irregularidade envolve a taxa de conveniência cobrada em porcentual sobre o valor do ingresso. “A cobrança é válida desde que seja efetivamente uma conveniência, no caso de a pessoa morar longe da bilheteria, por exemplo. Mas não deve ser cobrada em porcentual. É um absurdo diferenciar as taxas conforme o valor do ingresso. A conveniência é a mesma”, diz o diretor do Procon.

O designer gráfico Marcelo Duarte, 47 anos, teve uma experiência frustrante ao comprar ingressos de um show. Além do valor de dois tíquetes, ele pagou R$ 95 de taxas e mais R$ 15 para recebê-los. “Já que não tenho uma pessoa para ficar o dia inteiro em casa esperando o motoboy, indiquei no campo para entrega o endereço onde trabalho”, diz.
Vinte dias depois, o motoboy foi até o trabalho de Duarte, mas não entregou os ingressos porque o endereço não era o mesmo da fatura do cartão.

“Para que deslocar um motoqueiro que só vai olhar na sua cara e dizer que não pode entregar a encomenda? Por que não tirar este campo de entrega e por em letras garrafais ‘Só serão entregues ingressos no endereço de fatura’?”, questiona Duarte, que foi buscar as entradas para na bilheteria e recebeu o estorno de R$ 7 da diferença de entrega e retirada.

O JT procurou as empresas citadas. A Time For Fun disse que não iria se pronunciar e a Planmusic não se manifestará porque o processo está sub judice (sem sentença final, mas em apreciação pela Justiça). Ingresso Fácil e Livepass não retornaram as ligações.

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