segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Blaze Bayley - The King Of Metal

Após dois excelentes lançamentos, Blaze passa por dilemas em sua vida. Uma grande mudança ocorreria em sua vida, tanto do lado profissional quanto do lado pessoal. E o que tudo tem haver com essa resenha? TUDO!!!

Todos sabem que um artista, principalmente aqueles que não tem uma gravadora por trás, se vira para sobreviver. Numa cena em que não há quase apoio, um artista independente se torna vítima do capitalismo e tem que dar um jeito para sobreviver. Se não há shows ou se não há vendas consideráveis de CD, alguma medida tem que ser tomada, algum corte há de ser feito.

Então, partindo desses princípios, alegando falta de apoio e assim não tendo como manter uma banda atrelada ao mesmo, Blaze demite toda a Blaze Bayley Band que já tivera a baixa do baterista Larry Paterson, substituído durante a Promisse and Terror Tour pelo italiano Claudio Tirincanti.

Blaze arriscando e talvez dando um tiro no próprio pé, anunciou que a banda que lhe acompanharia dessa vez não seria fixa, ou seja, os membros que gravaram o novo álbum não seriam os mesmos na tour, cada lugar terá seus respectivos músicos locais acompanhando-o.

O nome do álbum é “The King Of Metal” que segundo o Messiah, os Reis do Metal são os fãs.
Mais simples e mais direto, o álbum tem uma sonoridade muito diferentes dos dois anteriores. A qualidade também caiu bastante, isso nota-se desde a capa.

A música “The King Of Metal” abre o album homônimo, com peso e rapidez, porém nem de longe lembra “The Man Who Would Not Die” e “Watching The Night Sky”.

“Dimebag” vem em seguida, e como o próprio nome demonstra, é uma homenagem ao falecido guitarrista do Pantera: Dimebag Darrel.

“Black Country” segue junto a “The Rainbow Fades To Black” que é uma homenagem a um dos gênios do Heavy Metal, o Mestre Ronnie James Dio. Uma música que demonstra a tristeza da perda desse grande homem.

“Fate”, “Judge Me”, “Difficult” e ”Beginning” levam o CD no mesmo ritmo, até o final.

Destacaria a música “One More Step” por ser tocada apenas no piano que acompanha Blaze Bayley em sua performance. O Messiah merece um destaque grande pois consegue expressar seus sentimentos de forma muito clara nas músicas.

O grande destaque do CD é a faixa “Fighter” que conta com uma bela letra sobre a batalha de cada dia, até mesmo podendo ser considerada uma reflexão de Blaze sobre sua vida, sobre cada passo dado até chegarmos a 2012!

Um álbum Honesto, frio, sem grandes atrativos. Como disse no começo da resenha, demitindo Dave, Niko e Jay, Blaze deu sim um tiro no próprio pé. Mesmo que por necessidade, assim declarado pelo vocalista, a banda que o acompanha nesse novo trabalho é muito fraca, à excessão do guitarrista Thomas Zwijsen, que mostra um grande talento, inclusive trabalhando num projeto chamado Nylon Maiden onde toca as músicas do Iron Maiden em forma acústica e muito bem trabalhada como podemos acompanhar no youtube através de seu canal.

Uma pena termos um trabalho tão diferente, o mais fraco de toda sua carreira! Esperamos que num vindouro álbum, Blaze retome a criatividade, o peso, e a vontade de escrever músicas poderosas, que deixem marcas em seus fãs.

Tracklist
 
01 - King Of Metal
02 - Dimebag
03 - The Black Country
04 - The Rainbow Fades To Black
05 - Fate
06 - One More Step
07 - Fighter
08 - Judge Me
09 - Difficult
10 - Beginning

Um abraço,
Victor Hugo Mesquita

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