quarta-feira, 27 de junho de 2012

Riot - Immortal Soul

Quando anunciaram o falecimento de Mark Reale, em janeiro deste ano, não associei seu nome ao Clássico gravado pelo Riot em 1988, Thundersteel. Talvez a associação não tenha acontecido por problemas inerentes a pessoas idosas e estressadas ou até mesmo por não ser um profundo conhecedor e fã do Riot.

Após quase cinco meses de sua passagem, estou eu na galeria trocando ideia com um amigo lojista, que me diz: "Você já pegou o Immortal Soul do Riot? Para mim é um dos melhores álbuns de 2011!". Bem, como o amigo já me indicou muita, mas muita, coisa boa e tamanha efusividade na recomendação, comprei o álbum na hora. Ainda bem!

A faixa de abertura, "Riot", começa com um riff de guitarra que remete à fase áurea do Helloween, pouco depois ganha peso e velocidade no melhor estilo Power Metal e em seguida entra a voz, MATADORA, do Tony Moore. Que música...que solo, só essa faixa já pagaria o CD, mas ainda temos mais 11 pauladas.

"Still Your Man", é apresentada pelo Bobby, que trás em sua bota o Mark, porém em uma música mais cadenciada, com o Tony mostrando o lado mais melódico de sua voz, com coros e backing vocal contagiantes, uma mistura de Hard Rock com Heavy Metal. Talvez uma boa referência em termos de música, para situa-lo, seja o Impellitteri.

"Crawling" vem na sequência (para este que vos escreve a melhor música do álbum), com um clima meio soturno, melodia que remete ao oriente, riff de guitarra distorcido e pesado, um jogo de vozes e backing vocal que enche a música de texturas, impossível não cantar junto:

"...I have been there once before,
But the band played out of tune,
And I did not have a word to tell a story,
'til you saved me with a love so rare
As water on the moon,
And I'm sorry, I'm sorry, so sorry..."

A próxima é a veloz e pesada "Wings Are For Angels", seguida da "Fall Before Me" também pesada, mas cheia de groove e acordes melódicos inseridos estrategicamente.

Ficar falando e detalhando faixa por faixa de um álbum é algo que torna uma resenha maçante, pelo menos para mim.

Afirmo que é indescritível, impossível mesmo, transformar em palavras o tesão que dá em ouvir cada uma das 12 faixas deste álbum. Seja pelos riffs de guitarra extremamente empolgantes, cativantes e contagiantes que o Mark Reale criou, pela pegada precisa do "octopus" Bobby Jarzombek em sua bateria ou pela interpretação, melodia e voz (maravilhosa) do Tony Moore. Outra tarefa impossível é definir o estilo da banda, que parece brincar com Hard Rock, Heavy Metal e Power Metal, numa baita simplicidade.

As faixas desde álbum são: 

01. Riot
02. Still Your Man
03. Crawling
04. Wings Are For Angels
05. Fall Before Me
06. Sins Of The Father
07. Majestica
08. Immortal Soul
09. Insanity
10. Whiskey Man
11. Believe
12. Echoes

Ah, não posso deixar de citar outra das músicas grudentas em que tanto a melodia, riffs e o refrão martelam na sua cabeça por horas, dias se bobear:

"...Insanity, return to me,
I'm living in a fever dream.
I burn for you, you scream for me,
There's no one else i'd rather be right now..."

Pena que o Mark Reale nos deixou, porém, ainda bem que deixou este último registro: CLÁSSICO!

Se você não ouviu, a audição e aquisição são obrigatórias. Tenho certeza de que você não se arrependerá!

Muito Obrigado
Abraço
Márcio Rebelo

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