sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

White Lion - Return Of The Pride

Primeiramente, é bom lembrar que a última vez que o White Lion lançou um disco de estúdio foi em 1991. Ou seja, outros tempos, outra era, 16 anos! Confesso que é difícil resenhar um CD desta banda tendo como referência álbuns como Pride, Big Game e Mane Atraction. Mais difícil ainda sabendo que Mike Tramp é o único membro da formação original e reformulou toda a banda trazendo ainda um quinto elemento, um tecladista.

O White Lion do passado tinha uma pegada, uma sonoridade específica. Vito Bratta era um guitarrista magnífico que conseguiu imprimir ao White Lion um som próprio, aliado à voz de Tramp. No entanto, como os tempos são outros, não espere uma sonoridade lapidada, limpa e cristalina como aquela de outrora. Aqui o som é mais orgânico, cru.

Começando pelo nome do CD, Return of the Pride ou Retorno do Orgulho, em Português já faz você se perguntar. Que orgulho? O orgulho da banda ou o orgulho do ábum Pride? Um pouco de ambos seria a resposta uma vez que muitos elementos neste registro te levam de volta ao som da banda na década de 80 e ao mesmo tempo acrescenta ingredientes novos.

O CD começa com Sangre de Cristo com seus quase 9 minutos de duração, seguindo na linha de Lights and Thunder. É uma boa música, não tão bombástica quanto a abertura de Mane Atraction, mas convence, com passagens calmas e harmônicas. Na seqüência vem Dream, mais cadenciada quase uma balada e com um belo refrão. Nesta música já dá para notar os teclados mais evidentes neste novo White Lion. O Cd segue com Live Your Life uma boa música, mas meio deslocada e que caberia muito melhor em um dos trabalhos solos de Mike. A próxima é Set Me Free, que começa no melhor estilo de Lady of the Valley e segue com a guitarra “chiando”. I Will é um puta som, mais cadenciada e que segue com uma linha grudenda de teclado do começo ao fim.The Battle of Little Big Horn é outra “épica” com mais de 7 minutos. Never Let You Go, começa com um pianinho e é a balada do álbum. Dispensa comentários. A próxima é Gonna Do it My Way outra boa, com a guitarrinha “chiando” novamente (você vai me entender quando ouvir). Finally See the Light é outro belo som de refrão forte, típico da banda com o teclado dando o suporte novamente. Lembra de longe Farewell to You. O disco fecha com Let Me Be, com um trabalho interessante de guitarra.

Enfim, este disco, lançado em 2008, não traz o glamour dos anos 80/90, mas não decepciona. Na versão americana, o CD traz 2 bônus, Wait e When The Children Cry ao vivo. A última é interessante, pois apresenta um arranjo de piano e bateria. A versão européia apresenta uma faixa inédita, Take Me Home. Item honesto, ouça!!

Segue a relação de músicas:
01 - Sangre de Cristo
02 - Dream
03 - Live your life
04 - Set me free
05 - I will
06 - Battle at little big horn
07 - Never let you go
08 - Gonna do it my way
09 - Finally see the light
10 - Let me be me
11 - Take me home (bônus versão europeia)

Marcelo Mazzari

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