quarta-feira, 30 de maio de 2012

Metal Church - Metal Church

Mais um álbum de 1984! QUE ANO!!! Este é o outro lado da moeda de minha postagem anterior, a continuação da Saga "O álbum mais injustiçado da história do Heavy Metal!".

Pra vocês, o que é Heavy Metal? Pra este que vos escreve é um estilo musical tão forte que se tornou um modo de vida, algumas bandas criaram identidades tão fortes que se confundem com o próprio termo, por exemplo, quando você headbanger pensa no termo "Heavy Metal" o que lhe vem à cabeça? Nove entre 10 Headbangers, fãs ou não, estão imaginando o Judas Priest com roupas de couro, coletes, spikes, muitos spikes... Aquela imagem ficou tão vinculada ao estilo musical, que agora é quase impossível dissociá-la. Pois bem, musicalmente falando o que é Heavy Metal? Segundo Dee Snider, é Guitarra no máximo, bateria no máximo, baixo no máximo e o vocalista Berrando. Então temos aqui um legitimo puro sangue do estilo, o debut homônimo dos titãs do Heavy Metal, METAL CHURCH!

Outro quinteto americano, seguindo as pegadas dos monstros da NWOBHM, semelhanças com o Jag Panzer? INÚMERAS. Mais que isso, temos aqui uma formula que só dava certo num mundo caótico, a beira do Holocausto Nuclear, onde todos os dias se vivia até o limite, pois não se sabia se haveria um próximo.

O álbum dá porrada em muita bandinha metida a extrema por ai, a começar pela força motriz do Heavy Metal: AS GUITARRAS, que riffs maravilhosos! Kurdt Vanderhoof e Craig Wells estavam no auge da forma, eles combinavam um misto de um metal cru e direto, que flertava diretamente com a Invasão do Thrash Metal que passava pelos EUA, mas que mantinha uma linha de sanidade que os conectava diretamente ao Heavy Metal inglês um pouco mais melodico, um exemplo? "Beyond the Black", que na opinião deste humilde resenhador é a melhor faixa do álbum, temos um trabalho soberbo de guitarras, são riffs densos, riffs rápidos, solos cortantes, algo equilibrado e de muito bom gosto.

Por trás da muralha da distorção das guitarras, temos uma cozinha extremamente coesa, Kirk Arrington foi um grande mestre das baquetas, grande destaque pro uso do prato de condução, dava pra escrever 1 mês de artigos diários sobre o uso do mesmo no álbum.

O Baixo de Duke Erickson preenche muito bem as lacunas das guitarras, gerando aquele efeito muito legal. Mas mesmo que uma banda conseguisse reunir músicos tão fantásticos ainda haveria um problema, quem conseguiria "sobrepujar" tal hecatombe sonora, e cantar linhas agressivas e melódicas que realmente pudessem penetrar na cabeça dos ouvintes?

O Metal Church foi abençoado em termos de vocalistas, todos eles eram muito bons, mas David Wayne, o primeiro, um verdadeiro mito, foi com certeza um dos melhores de sua geração, e agora esta no "Panteão" dos vocalistas, ao lado de Dio e outros. O que David Wayne faz neste álbum, é simplesmente genial. Ele consegue variar sua timbragem de forma extremamente melódica como na balada "Gods of Wrath", até frases incrivelmente agudas, com aquela sonoridade "Berrada", na pesadíssima "Hitman".

Aqui temos não só um grande álbum, temos uma celebração clara e absoluta sobre o que é e como deve ser feito o Heavy Metal. "Metal Church" é um álbum que te acerta na cara, que te tira o folego. É simplesmente Metal pra caralho!

Faixas em destaque: "Battalions", "Hitman", "Gods of Wrath" e "Beyond the black".

Segue relação das faixas do álbum:

1. Beyond the Black
2. Metal Church
3. Merciless Onslaught
4. Gods of Wrath
5. Hitman
6. In the Blood
7. (My Favorite) Nightmare
8. Battalions
9. Highway Star (Deep Purple Cover)

Formação:

David Wayne – vocal
Kurdt Vanderhoof – guitarra
Craig Wells – guitarra
Duke Erickson – Baixo
Kirk Arrington - Bateria

Luiz Henrique Cipolla Benetti

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